As mudanças climáticas representam um desafio global sem soluções únicas ou responsáveis isolados. Segundo um estudo publicado na revista Nature, o rendimento econômico mundial pode cair em 19% até 2050 devido a esses fenômenos, com perdas anuais estimadas em US$ 38 bilhões (cerca de R$ 194 bilhões) até meados do século.

Imagem de uma tela escrito ESG
ESGé um conjunto de critérios ambientais, sociais e de governança (Foto: Divulgação)

Para enfrentar esses impactos, é fundamental que empresas, governos, academia e
organizações da sociedade civil colaborem de forma integrada.

A gestão dos riscos climáticos já influencia até setores regulados, como o bancário. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) criou a Taxonomia Verde, que define o crédito a partir de três modalidades: (1) Economia Verde, (2) Exposição ao Risco Ambiental e (3) Exposição ao Risco Climático. Seguindo essa tendência, a B3, a bolsa brasileira, anunciou o lançamento da B3 Ações Verdes, destacando empresas que contribuem para a economia sustentável.

Esses movimentos no mercado financeiro já começam a impactar outros setores, forçando empresas fornecedoras de companhias listadas na bolsa a adaptarem seus processos aos critérios ESG, tanto para permanecerem na cadeia de suprimentos quanto para terem acesso a melhores condições de crédito.

Silvia Elmor, Coordenadora da Câmara Setorial ESG da ACP, explica que a ABNT PR 2030 define ESG como um conjunto de critérios ambientais, sociais e de governança, a serem considerados na avaliação de riscos, oportunidades e respectivos impactos, com objetivo de nortear atividades, negócios e investimentos sustentáveis.

“Isso significa que essa metodologia tem como foco central a sustentabilidade plena dos
negócios, incluindo a viabilidade econômica”, conta. “Com a adoção sistematizada de critérios ambientais, sociais e de governança, a empresa ganha resiliência financeira e pode transformar sua jornada para o impacto positivo em oportunidades de alto retorno sobre o investimento, por meio da redução de custos de capital, geração de valor, menor risco operacional e redução de custos e despesas”, analisa.

Por meio da Câmara Setorial de ESG, está disponível um Manual gratuito com importantes detalhes sobre o tema para aplicação nas empresas.

O papel do ESG no cenário empresarial e os desafios da sustentabilidade

Edilson Ribeiro, Coordenador do Conselho de Sustentabilidade Empresarial (CASEM) da ACP, destaca a crescente importância do ESG no planejamento estratégico das empresas. Segundo ele, o conceito tem se consolidado como um elemento central para o sucesso a longo prazo, impactando diretamente a reputação e a performance financeira das organizações.

“O ESG tem se tornado um denominador comum nas estratégias empresariais. Algumas empresas já o integram em suas operações, enquanto outras ainda o tratam como uma tendência emergente. Contudo, a pressão de investidores, consumidores e reguladores, está acelerando essa adoção, transformando o ESG em uma prática quase universal”, afirma Ribeiro.

Recentemente, aconteceu o Prêmio ACP de Sustentabilidade , que reconheceu as melhores práticas empresariais do Estado. “O prêmio não apenas reconhece iniciativas individuais, mas também promove impactos coletivos, incentivando a inclusão, a diversidade e a economia circular. Além disso, há uma a sinergia com políticas públicas, como o selo Clima Paraná e a COP30, ressaltando a importância do compromisso ambiental das empresas”, avalia.

Além disso, a ACP se inscreveu como postulante ao Selo Clima, uma iniciativa pública que visa a redução das emissões de gases de efeito estufa. Segundo Edilson, essa candidatura reflete o compromisso da ACP com a sustentabilidade, ao mesmo tempo em que serve de exemplo para outras empresas. “Nossa busca pelo Selo Clima reforça nosso papel de liderança e incentiva outras organizações a adotarem práticas mais responsáveis”, complementa.

E a parte da governança também está inserida na agenda da ACP. Pelo segundo ano consecutivo, a entidade foi reconhecida como um dos melhores lugares para se trabalhar, conforme avaliação realizada pelo Great Place to Work (GPTW). Esse reconhecimento é fruto de uma avaliação criteriosa feita junto aos funcionários da entidade, destacando a excelência no ambiente de trabalho promovido pela ACP. “A filosofia do GPTW é um sistema que promove a integração do time na busca pela certificação, incentivando-os a externar a realidade do dia a dia dentro da empresa.

Essas pessoas tornam-se espelhos de todos os aspectos do relacionamento, do conhecimento, da satisfação pessoal e das aspirações que têm em suas atividades diárias. O sistema GPTW é essencial para todos os colaboradores, pois, ao compreendê-lo, eles fortalecem a confiança em contratar os serviços ou produtos da empresa”, destaca o Presidente da ACP, Antonio Gilberto Deggerone.

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