Curitiba - O caldeirão da cultura urbana do FIH2 – Festival Internacional de Hip Hop encerrou neste domingo (6) sua 22ª edição em Curitiba com números históricos. Realizado no Teatro Positivo, o evento reuniu 1,7 mil dançarinos inscritos, 6 mil espectadores nas competições presenciais e um público rotativo de 18 mil pessoas na Feira de Arte e Cultura Urbana ao longo dos três dias. O evento também contou com transmissão online e registrou 1.150 espectadores simultâneos diariamente acompanhando o FIH2 Awards pela internet.

apresentação fih2 danças urbanas
As apresentações de dança atraíram muita gente e eletrizaram o público nos três dias do FIH2 (Foto: Guto Tarasiuk Fotografia)

Entre shows, workshops, oficinas, mostras e vivências, o FIH2 entregou mais de 40 atividades ao longo dos três dias que proporcionaram aprendizado, inspiração e novas oportunidades a milhares de jovens.

O FIH2 não apenas entregou performances de altíssimo nível, mas também proporcionou formação, intercâmbio cultural e experiências únicas para dançarinos, DJs, coreógrafos, produtores e apaixonados pela cultura de rua. A programação intensa e diversa promoveu o encontro entre o Brasil e o mundo, conectando gerações em uma verdadeira celebração da dança como linguagem universal.

Dança, cultura e comunidade: os destaques do FIH2 2025

Os superworkshops com estrelas nacionais e internacionais deram a músicos, coreógrafos e outros artistas a oportunidade de aprender com nomes grandes nomes da dança urbana mundial. Entre eles, Anthony Thomas, coreógrafo de Janet Jackson, considerado um dos pilares da história do hip hop. Ele ministrou workshops durante os três dias, compartilhando técnica, história e energia com os participantes.

“Anthony lotou todas as aulas e trouxe uma alegria contagiante. Ele tem 62 anos e mostrou energia de sobra. Em sua carreira inteira, mesmo nos maiores palcos do mundo, nunca deu aula para tantas pessoas nem se sentiu tão amado como aqui no Brasil”, revelou o idealizador do FIH2, Octávio Nassur. “Ele chorou algumas vezes, emocionado com o que estava vendo”.

apresentações livres na fih2
O FIH2 é um espaço também marcado pela livre expressão, como a área da Feira de Cultura e Arte, com apresentações livres (Foto: Guto Tarasiuk Fotografia)

Thomas também fez questão de elogiar a organização do evento: “Disse que na Europa e nos Estados Unidos existem raros eventos com o padrão de entrega e atendimento que viu no FIH2. É um orgulho para a cidade”, completou Nassur.

Também se destacaram:

  • Arielle Macedo, coreógrafa de Anitta, com Master Classes de Heels Dance e Jazz Funk;
  • Melvin Timtim, norte-americano campeão do programa World of Dance, fundador da equipe S-Rank;
  • Gui Negão, referência brasileira que já coreografou para artistas como Gloria Groove e Mano Brown.

A feira de arte e cultura urbana ficou marcada mais uma vez como um dos espaços mais movimentados do evento. Além de ser um ponto de reunião, troca de ideias e experiências, ela foi palco de aulas abertas e pista de dança livre. Os estandes com marcas e empreendedores da cultura urbana, mais uma vez, representaram e colocaram o público em sintonia com as novidades.

Outro destaque do local foi a realização do TeqBall e do Basquete 3 x 3, as duas modalidades esportivas que foram apresentadas para muitos e jogadas por feras do esporte. 

TeqBall na fih2
O TeqBall foi um dos esportes do FIH2 que mais atraiu curiosos e também interessados em participar (Foto: Guto Tarasiuk Fotografia)

Batalhas eletrizantes e competição de K-pop

As batalhas de dança empolgaram o público com confrontos em várias categorias: infantil, júnior, adulto, avançado e até a estreia de A Forja, que reuniu grupos de alto nível em apresentações avaliadas por jurados internacionais.

A disputa de K-pop, cada vez mais popular no Brasil, também foi destaque com apresentações coreografadas por jovens talentos que arrancaram aplausos da plateia.

O “Palco de Conversas” foi o espaço para palestras como “Vamos Falar Sobre Danças Urbanas” e “De Hobby para Profissão”, com participações de DJs e artistas reconhecidos.

Entre os nomes presentes nos bate-papos e na pista de dança estavam:

  • DJ Guiu, referência internacional que une música e movimento;
  • DJ Pikole, especialista em hip hop;
  • DJ Jet, mestre das batalhas com técnica e criatividade nos toca-discos.

Um evento para todos: inclusão, formação e inspiração

Desde sua primeira edição, o FIH2 se destaca por promover a diversidade e a liberdade de expressão através da dança. Este ano, a estrutura montada no Teatro Positivo mostrou que é possível unir arte, educação, esporte e negócios em um só espaço, com acesso democrático.

Para Octávio Nassur, a edição 2025 representou uma mudança estratégica. “Este ano a competição mudou: acrescentamos batalhas e K-pop, e como esses segmentos têm menos participantes, isso impactou nos números. Contudo, sabíamos disso. Foi uma movimentação pensando no próximo ano”, explica.

Ainda segundo Nassur, a comunidade K-pop respondeu positivamente à inclusão no festival. “Recebemos muitas mensagens dizendo que acompanharam pela internet e que no ano que vem estarão em peso aqui. Os 17 grupos que vieram já carimbaram seu retorno”, destacou.

Nas danças urbanas, 80 grupos se classificaram entre mais de 300 que enviaram coreografias em vídeo para análise. “Certamente foi uma bela preparação para o próximo ano”, afirma o produtor.

O FIH2 tem patrocínio do Ministério da Cultura, Sanepar, Grupo Potencial, Grupo Barigui e Governo do Estado do Paraná.

Apoio de Prefeitura de Curitiba, Smelj, Handz, QIX, MobLed, Ecco Salva, Universidade Positivo e Chácara Paraíso do Sol.