Por Jan Wolfe
WASHINGTON (Reuters) – Procuradores norte-americanos disseram ter novos indícios de que membros da milícia de extrema-direita Oath Keepers planejaram violência quando apoiadores do ex-presidente Donald Trump invadiram o Capitólio, deixando cinco mortos, inclusive mensagens de texto que ligam o líder do grupo ao complô.
Em documentos registrados na noite de segunda-feira, o Departamento de Justiça disse que apresentará indícios a advogados de defesa nesta semana mostrando que membros e associados do Oath Keepers “estavam planejando ativamente usar força e violência” durante o ataque ao Capitólio, que forçou integrantes do Congresso e suas equipes a fugirem ou se esconderem.
Os documentos informaram que as mensagens, trocadas através do aplicativo criptografado Signal, foram enviadas por indivíduos como Stewart Rhodes, ex-soldado paraquedista do Exército e advogado formado em Yale que fundou o grupo antigoverno em 2009.
De acordo com os documentos, na tarde de 6 de janeiro Rhodes disse a seguidores: “Venham aos degraus do lado sul do Capitólio”.
Pouco depois, ele supostamente publicou em uma conversa de um grupo uma foto do Capitólio com a legenda “Lado sul do Capitólio. Patriotas golpeando as portas”.
Os documentos são os sinais mais claros já surgidos de que os investigadores acreditam que Rhodes teve um papel considerável na incitação do ataque. Rhodes, que não respondeu a pedidos de comentário, não foi acusado publicamente do ataque de 6 de janeiro.
No mês passado, um grande júri federal indiciou nove associados do Oath Keepers, acusando-os de conspirar para invadir o Capitólio.
(Reportagem adicional de Sarah N. Lynch e Mark Hosenball)
