A descontinuação do antigo Universal Analytics (UA) e a migração forçada para o Google Analytics 4 (GA4) foi, sem dúvida, o evento mais traumático para analistas de marketing nos últimos anos. A interface mudou, as métricas mudaram e a forma de pensar mudou. Muitos gestores ainda se sentem perdidos, olhando para telas em branco onde antes viam relatórios claros.

Porém, o GA4 não foi uma atualização estética; foi uma necessidade técnica. O modelo antigo (baseado em sessões e cookies) não servia mais para um mundo onde o usuário navega entre site e aplicativo, com privacidade reforçada.
Tudo é um evento
A principal mudança de paradigma é que no GA4 tudo é um evento. No antigo, existia “visualização de página”, “tempo no site”, etc. No GA4, uma visualização de página é um evento. Um clique é um evento. Uma rolagem de tela é um evento. Isso dá uma flexibilidade absurda. Podemos medir exatamente o que importa. Mas exige configuração. O GA4 não vem “pronto” da caixa como o antigo; ele é uma tela em branco que precisa ser configurada sob medida para o negócio.
A jornada Cross-Device e a privacidade
O grande trunfo do GA4 é conseguir (usando inteligência artificial do Google) unificar a jornada do usuário que acessa pelo celular, depois pelo notebook e finaliza a compra no tablet. O antigo Analytics contava isso como 3 usuários diferentes. O GA4 tenta entender que é a mesma pessoa, dando uma visão real do ROI. Além disso, ele foi construído para a era Cookieless. Ele usa modelagem de dados para preencher as lacunas deixadas por usuários que recusam o rastreamento, garantindo que o gestor de marketing ainda tenha dados estatísticos confiáveis para tomar decisão, mesmo sem invadir a privacidade individual.
A curva de aprendizado e o Looker Studio
A interface do GA4 é hostil para o usuário comum. Por isso, a tendência em 2025 é não usar o GA4 diretamente para análise diária. As agências profissionais conectam o GA4 ao Looker Studio (antigo Data Studio). O GA4 serve apenas como o “coletor de dados”, enquanto o Looker Studio serve como a “vitrine”, gerando dashboards visuais e fáceis de ler para a diretoria. Quem tenta fazer análise direto na tela crua do GA4 costuma se frustrar.
Fonte e Curadoria de Conteúdo: www.agenciachurch.com