O evento adverso que levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a suspender os testes com a Coronavac — vacina contra Covid-19 da chinesa Sinovac cujos testes no Brasil são liderados pelo Instituto Butantan– foi o suicídio de um voluntário, apontou o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Mais cedo, em entrevista coletiva, o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, se recusou a dar detalhes sobre o evento adverso apontado pela Anvisa, alegando questões éticas e de sigilo envolvidos em pesquisas médicas. Ele, no entanto, reiterou por diversas vezes que o episódio não tinha relação com a vacina.
A informação de que o voluntário cometeu suicídio foi inicialmente divulgada pela TV Cultura, emissora que assim como o Butantan é vinculada ao governo do Estado de São Paulo, e posteriormente confirmada pela Reuters com uma fonte que acompanha o assunto.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou que o caso da morte do voluntário foi registrado em uma delegacia do bairro do Jaguaré, zona oeste da capital paulista, e é investigado como suicídio.
“Exames periciais estão em andamento e mais detalhes não serão divulgados até a conclusão dos laudos técnicos para não atrapalhar as investigações”, disse a secretaria.
Mais cedo, o presidente do Brasil comemorou a suspensão dos testes da vacina contra Covid-19. “Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu.
