BRASÍLIA (Reuters) – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quarta-feira que o setor político precisa enfrentar temas de interesse como a reforma tributária se quiser resgatar o respeito da sociedade, e não ceder a lobbies.

Sem entrar em detalhes, Maia disse, em uma live que contou com dirigentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Febraban, que a narrativa segundo a qual determinados setores sofrerão maior tributação não corresponde à verdade.

O presidente da Câmara acrescentou que trabalhará com a reforma tributária como prioridade da Casa, ainda que também considere importante a reforma administrativa a ser enviada pelo governo na quinta-feira.

Afirmou, pouco depois, em live organizada pela Apex Partners, que a intenção é votar ou ao menos deixar as duas reformas encaminhadas para votação em 2021.

“Até o final do ano temos um desafio que é regulamentar o teto de gastos”, disse Maia na live.

“As outras duas grandes matérias que a gente quer votar ou deixar pronto para ir a voto no próximo ano são exatamente a reforma tributária e a reforma administrativa”, afirmou.

O presidente da Câmara aproveitou para rejeitar qualquer impossibilidade de a reforma tributária ser votada por meio do sistema remoto, adotado pelo Legislativo diante das restrições de circulação e de aglomerações por conta da pandemia de Covid-19.

Maia lembrou ainda que é necessário trabalhar com prioridades, as questões estruturais, relacioandas ao teto e às reformas. Outras matérias, como privatizações –a da Eletrobras entre elas– terão seu voto, mas há pouco tempo hábil na Câmara neste ano frente às outras demandas.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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