Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) – O papa Francis prometeu aos funcionários do Vaticano nesta segunda-feira que nenhum deles perderá o emprego por causa da pandemia de coronavírus, que afetou seriamente as finanças do Vaticano.
“Vocês são a coisa mais importante aqui. Ninguém está excluído, ninguém perderá o emprego”, disse Francisco aos funcionários e seus filhos durante uma audiência especial realizada para trocar saudações natalinas.
A pandemia fez estragos nas finanças do Vaticano, obrigando-o a recorrer a fundos de reserva e adotar algumas das medidas de controle de gastos mais rígidas já vistas na cidade-estado minúscula.
“Ninguém deveria sofrer os efeitos econômicos horríveis desta pandemia… temos que trabalhar mais duro para resolver este problema, o que não é fácil. Não existe varinha de condão. Temos que seguir em frente como uma mesma família”, disse Francisco em comentários improvisados.
Funcionários laicos trabalham em todos os departamentos administrativos do Vaticano, e também como jardineiros, bombeiros, policiais, trabalhadores de manutenção e em seus museus mundialmente famosos.
A pandemia reduziu drasticamente o fluxo de fundos dos Museus do Vaticano, que receberam cerca de 7 milhões de visitantes no ano passado e são a fonte de dinheiro mais estável da cidade.
Os museus, que geram aproximadamente 100 milhões de dólares por ano, fecharam durante três meses na primavera, em meio à primeira onda da pandemia, reabriram para um número limitado de visitantes durante o verão e voltaram a fechar quando uma segunda onda atingiu a Itália.
No início deste ano, administradores de alto escalão do Vaticano ordenaram o congelamento de promoções e contratações e uma proibição de horas extras, viagens e grandes eventos na tentativa de conter os gastos.
