Por François Murphy
VIENA, 3 Nov (Reuters) – A polícia da Áustria revistou 18 propriedades e prendeu 14 pessoas em uma grande operação nesta terça-feira depois que um homem identificado como um jihadista condenado matou quatro pessoas e feriu 22 durante um ataque no centro de Viena de madrugada.
O atirador de 20 anos, que foi morto pela polícia minutos depois de abrir fogo em bares cheios, havia sido libertado da prisão menos de um ano atrás. Ele foi identificado como Kujtim Fejzulai, um austríaco nascido em Viena que também possuía a nacionalidade da Macedônia do Norte.
Foi o primeiro ataque militante em Viena em uma geração, e o governo prometeu uma ação vigorosa.
Nesta terça-feira, a polícia também prendeu dois homens próximos de Zurique, em uma investigação que trata sobre possíveis ligações com o atirador.
O ataque veio na esteira de atentados fatais de agressores islâmicos solitários em Nice e Paris. Muitos muçulmanos ficaram revoltados com a publicação na França estritamente secular de caricaturas satíricas do Profeta Maomé.
Um idoso e uma idosa, um jovem e uma garçonete estavam entre os mortos no ataque, informou o ministro do Interior, Karl Nehammer.
O prefeito de Viena disse que três pessoas ainda se encontram em estado crítico.
Em um pronunciamento televisionado, o chanceler, Sebastian Kurz, disse aos austríacos: “Este não é um conflito entre cristãos e muçulmanos ou entre austríacos e migrantes. Não, esta é uma luta entre… civilização e a barbárie.”
Nehammer disse que imagens do incidente filmadas com vários celulares não mostraram indícios de um segundo atirador, mas que a possibilidade não foi completamente descartada.
(Por François Murphy em Viena, Michael Shields e Silke Koltrowitz em Zurique, Andrea Shalal em Washington)
