A sede da cooperativa C.Vale, em Palotina, no Oeste do Paraná, recebeu um grupo de oito suinocultores alemães, no último dia 19 de novembro. O objetivo da visita técnica, além de conhecer a realidade brasileira da suinocultura, foi o intercâmbio de experiências e boas práticas na produção animal e agrícola.

Suinocultores da Alemanha durante visita na CVale
Representantes da alemã Agroceres estiveram na C.Vale em novembro em busca de troca de experiências na suinocultura. (Crédito: Divulgação / C.Vale)

A comitiva buscou conhecer de perto o modelo cooperativista brasileiro e entender como a C.Vale integra, de forma eficiente e sustentável, diferentes cadeias produtivas: da suinocultura à avicultura, piscicultura e agricultura de grãos.

A visita também foi acompanhada por representantes da empresa brasileira Agroceres, representada pelo coordenador Nilo Chaves de Sá e pelo consultor Werner Meincke. Pela C.Vale, acompanharam o grupo o gerente do Departamento de Suínos e Leite, Valdecir Luiz Mauerwerk, e o coordenador técnico Alencar Augusto Crespão, que apresentaram as principais estratégias da cooperativa para garantir produtividade, bem-estar animal e sustentabilidade ambiental.

O grupo também conheceu as iniciativas de eficiência energética, reaproveitamento de resíduos e automação industrial, práticas alinhadas aos princípios da Indústria 4.0, já implementadas nas unidades da cooperativa.

Referência mundial em produção integrada

Com quase 30 mil associados, a C.Vale é hoje uma das maiores cooperativas agroindustriais da América Latina, reconhecida mundialmente pela eficiência de seus sistemas de integração.

Apenas em Palotina, a cooperativa mantém um complexo agroindustrial de ponta, que reúne abatedouros de frangos e tilápias, fábrica de rações e uma esmagadora de soja com capacidade para processar 16 milhões de sacas por ano, volume que deve subir para 18 milhões em 2026.

Na avicultura, a C.Vale abate cerca de 600 mil frangos por dia, destinando mais de 60% da produção ao mercado internacional. Já no setor de piscicultura, o processamento de 210 mil tilápias diárias coloca a cooperativa entre as maiores produtoras e exportadoras do país. O mercado externo representa cerca de 36% das exportações de tilápia industrializada, com destaque para destinos na Europa, América do Norte e Ásia.

Outros intercâmbios

Este não foi o primeiro intercâmbio técnico na C.Vale em 2025. No dia 21 de outubro, a cooperativa recebeu também uma comitiva de engenheiros da argentina Molinos Agro e o diretor de inovação em processamento de soja da Desmet, Aníbal Demarco. O grupo veio em busca de troca de experiências e aprofundamento tecnológico na industrialização da soja.

A visita ocorreu na esmagadora de soja da C.Vale, plataforma que já opera segundo os princípios da Indústria 4.0, e serviu para estreitar parcerias, compartilhar práticas e avaliar os ganhos em eficiência frente às variabilidades da safra.

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