Foz do Iguaçu - Na última quinta-feira (6), técnicos da Divisão de Reservatório da Itaipu finalizaram a transferência de aproximadamente 3.460 peixes da espécie dourado para tanques-rede. A princípio, a transferência marca a segunda etapa de uma pesquisa sobre custos operacionais e viabilidade comercial da criação dessa espécie.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Divisão de Reservatório da Itaipu, André Watanabe, os peixes dourados chegaram em Foz do Iguaçu em 14 de janeiro pesando 60 gramas, e cresceram o suficiente para serem transferidos.
“Eles ganharam 20 gramas em praticamente 3 semanas, o que nos possibilitou adiantar a transferência dos peixes entre os sistemas, pensando em aproveitar a temperatura da água aqui no lago, em torno de 30 graus. Essa é a temperatura ideal para o crescimento do peixe, então a gente pretende acelerar o processo de ganho de peso nessa fase inicial até a chegada do inverno”, afirmou Watanabe.
Saiba como foi a transferência dos dourados em Itaipu
A primeira etapa da transferência foi a retirada dos peixes do sistema de bioflocos, onde os peixes estavam desde que chegaram. Este sistema de produção super intensivo, que conta com o emprego de alta tecnologia para o controle de qualidade de água, permitindo seu reuso, em um contexto de alta produção.
Em seguida, os dourados foram levados até o Portinho, localizado no Refúgio Biológico Bela Vista. Lá, foi realizada a aclimatação, igualando a temperatura da água das caixas de transporte dos dourados a do lago de Itaipu.
Por fim, os peixes foram contados e colocados em tanques com dimensões de 2m x 2m, e volume de 7m³, onde serão monitorados e pesados a cada 15 dias para acompanhamento da curva de crescimento. Quando os dourados atingirem a marca de 200 gramas eles serão transferidos para tanques maiores, com dimensões de 3m x 3m e um volume de 24m³.
Entenda a pesquisa com dourados feita por Itaipu
As pesquisas relacionadas a criação de peixes em tanque-rede já acontecem com outras duas espécies no lago de Itaipu, a tilápia e o pacu. Entretanto, esta é a primeira vez que uma pesquisa com o dourado é realizada pela equipe.
“A gente quer descobrir realmente qual o potencial desse peixe em sistemas de produção de piscicultura, no caso aqui, tanque-rede. A partir disso, descobrir qual o tempo e quanto custa para produzir esse peixe. A gente pretende fomentar a questão da produção para que ele possa ser utilizado comercialmente por pequenos piscicultores e produtores, podendo atender mercados e restaurantes da região”, disse Watanabe.
Por fim, a expectativa da equipe que coordena o projeto é de que os peixes atinjam um peso superior a 1,5 kg em aproximadamente 1 ano. Desse jeito, eles estarão em um tamanho adequado para o comércio.
Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!