Durante muito tempo, o TikTok foi visto pelos anunciantes como “o app de dancinha de adolescente”. Quem manteve esse preconceito em 2024 deixou muito dinheiro na mesa. Em 2025, o TikTok Ads se estabeleceu como uma plataforma de mídia madura, com um Pixel de rastreamento robusto e uma capacidade de conversão de vendas que, em nichos específicos, supera o Facebook e o Instagram. 

influencer fazendo live em propaganda do tiktok ads
(Foto: Divulgação)

A grande barreira, no entanto, não é técnica, é criativa. O anúncio que funciona no Instagram Stories não funciona no TikTok. 

A regra de ouro: “Don’t make Ads, make TikToks” 

O slogan da própria plataforma resume a estratégia. No TikTok, a publicidade polida, com cara de TV, é rejeitada quase biologicamente pelo usuário. O anúncio que converte é aquele que se camufla no feed. Ele usa a linguagem nativa: cortes rápidos, músicas em alta, text-to-speech (voz do robô) e criadores reais (UGC – User Generated Content). O usuário deve assistir a 3 ou 4 segundos antes de perceber que é uma propaganda. Se parecer propaganda no primeiro frame, o scroll é imediato. 

Segmentação e oportunidade de custo 

O leilão do TikTok ainda é, em média, mais barato que o da Meta no Brasil. O CPM (Custo por Mil Impressões) tende a ser menor porque há muito inventário (pessoas passando horas no app) e menos anunciantes concorrendo do que no ecossistema Zuckerberg. Além disso, a ferramenta de segmentação por Interesse e Comportamento evoluiu muito. Hoje é possível segmentar por hashtags específicas que o usuário interagiu (ex: #BookTok para vender livros, #CleanTok para produtos de limpeza), atingindo comunidades ultra-nichadas. 

Pangle e o ecossistema externo 

Assim como o Google tem a Rede de Display, o TikTok tem a Pangle, uma rede de anúncios em aplicativos parceiros (jogos, utilitários). Isso permite escalar a campanha para fora do app do TikTok, mantendo a inteligência do algoritmo. Para desenvolvedores de apps e jogos mobile, é hoje um dos principais canais de aquisição de usuários. 

Fonte e Curadoria de Conteúdo: www.agenciachurch.com