A valorização do café aumentou o rendimento e reconhecimento de produtores paranaenses no primeiro semestre do ano. A cafeicultura no estado manteve, em 2025, a mesma área cultivada do ano anterior, com 25 mil hectares. A produção teve pequeno aumento e pode fechar no ano em 42 mil toneladas. A valorização no mercado elevou o rendimento, com a saca beneficiada alcançando média de R$ 2 mil em outubro.

Mesmo diante do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, que impactou diretamente o café paranaense e resultou em cancelamentos de contratos e retração nas exportação, a receita cambial total do Brasil com café aumentou em função da alta do preço internacional da commodity. Ela foi impulsionada por estoques baixos e problemas climáticos, o que tem impactado os consumidores em ambos os países.
O café chegou a subir muito de preço nas gôndolas no meio do ano e o consumidor sentiu o impacto. Mas autoridades e produtores têm trabalhado rápido para minimizar o prejuízo. E o preço voltou a se normalizar. Apesar de toda a apreensão e retração, indústrias paranaenses e brasileiras estão avaliando e buscando realocar sua produção para outros países, como Alemanha e Itália, embora a adaptação não seja imediata ou fácil.
Trabalho e reconhecimento
Entre os produtores reconhecidos pelo trabalho e resiliência diante das dificuldades está Euripes Geraldo Colombo, produtor em Jesuítas, no Oeste do Paraná, agraciado pelo prêmio Orgulho da Terra 2025, na categoria Café. Dia a dia ele vem investindo em cafés especiais, para conquistar diferentes mercados com um sabor inigualável.
Além do café, Euripedes mantém outras culturas na propriedade, diversificação que lhe garante renda ao longo do ano e a possibilidade de investir com tranquilidade nos cafés especiais. E a atividade é tão exemplar que a propriedade se tornou uma grande escola. Ele recebe visitantes de diversas regiões do estado, do Brasil e de outros países, além de estudantes, desde escolas de ensino fundamental a estudantes universitários de Agronomia.
“Fiquei muito contente em saber que estou ocupando lugar de reconhecimento. Sempre fui apaixonado pelo café, isso vem da infância”, afirmou. Segundo Colombo, a trajetória foi marcada pela busca constante por qualidade. “Depois de muitos anos persistindo com o café, sempre tentando produzir qualidade, graças à ajuda da Emater conseguimos alcançar uma ótima bebida”, afirmou.
O produtor também destacou a importância do apoio técnico. “Conseguimos uma classificação ótima na qualidade da bebida. Estou muito contente e feliz, é um orgulho do Paraná, orgulho de Jesuítas”, completou.
Prêmio Orgulho da Terra 2025
Desde 2021, o Prêmio Orgulho da Terra é promovido pelo Grupo Ric, por meio do Ric Rural Hub, com apoio do IDR-Paraná e do Sistema Ocepar. A iniciativa reconhece produtores rurais que se destacam no agronegócio paranaense por boas práticas de sustentabilidade, desenvolvimento socioeconômico e impacto comunitário.
Na 5ª edição, 51 produtores concorreram em 17 categorias. Os cases foram indicados por técnicos do IDR-Paraná e do Sistema Ocepar e foram avaliados por um comitê de notáveis, composto por representantes da FAEP, FETAEP, ADAPAR e SEAB. A festa de premiação será no dia 11 de novembro, na sede do IDR-Paraná, em Curitiba.
Patrocínio: FIAT, C Vale, Embio Biotecnologias e Banco do Brasil
Oferecimento: Globoaves – Categoria, W3 Foods, Auten Trade
Realização: Ric Rural Hub
Co-realização: IDR-Paraná, Sistema Ocepar
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