A imprensa chegou a divulgar que na época em que matou Rachel Genofre, Carlos Eduardo do Santos trabalhava como porteiro em um prédio de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. No entanto, agora foi descoberto que, na verdade, que ele trabalhava em um restaurante na cidade. (Assista reportagem abaixo)

Onze anos depois, o restaurante ainda existe e a funcionária mais antiga lembra do período em que trabalhou com o assassino de Rachel. A mulher, que não quis se identificar, conversou com a RIC Record TV e falou um pouco sobre a convivência com ele.

Assassino de Rachel Genofre foi indicado para o emprego

O estuprador e assassino começou a trabalhar no restaurante após ser indicado por uma pessoa que frequentava a mesma igreja evangélica que ele na Vila Hauer, na capital. Mas, conforme conta a colega, usava um sobrenome falso – Nascimento- e ficou apenas um mês no emprego. 

“Ele era uma pessoa educada, gentil, ele não transpôs nada. Não parecia o que ele era”, lembra ela.  

Ainda segundo a mulher, o retrato falado do homem visto com Rachel, feito a partir do relato do comerciante que vendeu a mala usada para colocar o corpo da vítima, não lembrou o colega de trabalho. 

Assista à entrevista completa:

Entenda o Caso Rachel Genofre

Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre desapareceu no dia 03 de novembro de 2008 após sair da escola onde estudava no centro da capital paranaense. Dois dias depois, no dia 5 de novembro, seu corpo foi encontrado dentro de um mala abandonada da Rodoferroviária de Curitiba. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que Rachel foi estuprada, agredida, queimada com cigarro e morta por asfixia.
O assassino de Rachel Genofre abandonou o corpo dentro de uma mala. (Foto: montagem/RIC Mais)
Durante os anos que sucederam o assassinato de Rachel Genofre, mais de cem pessoas foram investigadas, inúmeros materiais genéticos foram confrontados com o sêmen encontrado no corpo da criança e até outros retratos falados foram feitos, mas a polícia nunca descobriu o autor do crime até setembro de 2019
No dia 19 de setembro, a Polícia Civil do Paraná confirmou, em coletiva de imprensa, que o criminoso foi identificado através de um teste de DNA. Segundo Marcos Fontes, delegado da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Carlos Eduardo do Santos, preso em Sorocaba, em São Paulo, desde 2017, foi submetido ao recolhimento de material genético no segundo semestre deste ano. Assim que seus dados foram jogados no sistema, houve a confirmação de que o DNA era o mesmo encontrado no sêmen
A Polícia Civil do Paraná viajou para São Paulo e conversou com Carlos Eduardo. Lá, ele confessou o assassinato de Rachel e contou detalhes sobre o crime, como, por exemplo, que atraiu a vítima fingindo ser produtor de TV.
Vários crimes

Com ficha criminal extensa, Carlos Eduardo já cumpre pena de 22 anos de prisão por estelionato, além disso, é suspeito de pelo menos outros cinco crimes sexuais.

Com a divulgação de seu rosto em rede nacional, a polícia acredita que outras vítimas possam aparecer. Até o momento, uma família do interior do Paraná identificou o assassino com o autor da tentativa de sequestro de uma criança na cidade de Mandaguari e uma mulher que foi estuprada por ele quando criança também falou sobre o caso.