O idoso Luiz Carlos Siqueira Campos, de 74 anos, que passou horas atirando a esmo de dentro de sua casa em Curitiba, durante um suposto surto psicótico, nesta segunda-feira (8), possuía inúmeras armas e munições. (Assista reportagem completa abaixo)

Na residência do suspeito foram encontradas duas espingardas, calibre 12 e 38; um revólver 38; 277 munições de calibre 12 e 38; uma máquina de recarga de munição e uma cinta cartucheira, entre outros objetos. Todas as armas eram regularizadas, mas após a ocorrência foram encaminhadas à Central de Flagrantes da capital. 

Atirador de Curitiba sabe manusear armas

O Coronel Hudson, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), explicou que além de ter saber como manusear as armas e utensílios com destreza, o atirador de Curitiba estava em um quarto de difícil acesso. 

“Esse senhor, ele tinha um conhecimento de armamento. Então, ele montou e desmontou o armamento dele algumas vezes, nossos observadores ali viram isso. O quarto [onde ele estava] era como se fosse um cofre, por isso, a dificuldade que nós tivemos pra fazer a entrada e não conseguimos. Ele pulou a janela”, explicou o  Coronel Hudson, do Batalhão de Operações Especiais (Bope). 

Entenda o caso do atirador de Curitiba

O idoso vive em uma casa, localizada na Rua Martim Afonso, no bairro Mercês, junto com sua mãe de 99 anos e uma cuidadora. Por volta das 18h desta segunda, ele passou a efetuar vários disparos de arma de fogo de dentro de um quarto e logo a polícia foi chamada. 

A Rua Martim Afonso, no bairro Mercês, foi bloqueada até que a situação fosse controlada. (Foto: Reprodução/RIC Record TV)

Alguns disparos atingiram a parede do prédio vizinho e a rua precisou ser bloqueada até que a situação fosse controlada. Enquanto a polícia tentava negociar com Luiz Carlos, ele continuava atirando e, por fim, aproximadamente às 23h, quando o idoso passou a disparar contra os policiais, a casa foi invadida. 

Dentro da residência, os agentes usaram bombas de gás lacrimogêneo, para que ele saísse do quarto e se rendesse. No entanto, o Luiz Carlos preferiu pular a janela, armado com um machado, e cair de um altura de 3 metros. Mesmo no chão, ele precisou ser contido com balas de borracha para que não usasse o machado contra os agentes presentes no local.

Policiais invadiram a residência do atirador de Curitiba após quase cinco horas de negociação. (Foto: Reprodução/RIC Record TV)

O atirador de Curitiba foi socorrido com inúmeros ferimentos sofridos durante a queda e encaminhado ao Hospital Universitário Evangélico Mackenzie. 

Ele deverá passar por exames psiquiátricos e psicológicos que deverão avaliar seu estado de saúde mental. 

Vizinhos ficaram apavorados 

Segundo Agner Lombardi, que vive no prédio ao lado da casa residência do atirador, a situação foi desesperadora. Principalmente, porque seus três filhos estavam em casa e ele não podia ir até o local. 

“É apavorante, a hora que meu filho falou ‘não chega perto de casa’, que a síndica tinha avisado que tava tendo tiroteio, nós não sabia o que acontecia e eu tentei chegar o mais perto possível, mas aí já estava bloqueada as ruas, não conseguia chegar perto. Ainda bem que tinha bateria no celular pra conversar com eles dentro de casa e pra poder manter informado e mantê-los longe de janela e tudo mais”, declarou. 

Bastante assustadas, as crianças conversaram com a RIC Record TV nesta terça-feira (8) e contaram que quando ouviram os primeiros disparos acreditaram que se tratava de fogos de artifício. Além disso, os filhos de Agner lembraram que o idoso sempre foi gentil e costumava dar balas para eles

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