O advogado de defesa da avó paterna de Eduarda Shigematsu, Mauro Valdevino, se pronunciou pela primeira vez nesta sexta-feira (3). Em Rolândia, o legista alegou que Tereza de Jesus Guinaia não possui nenhuma participação no crime e não sabia da morte da criança, até quando a vítima foi encontrada.

A avó de Eduarda está detida no 3º Distrito Policial em Londrina desde a última terça-feira (30). A prisão temporária é cumprida por suspeita no crime de homicídio qualificado.

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Defesa quer a liberdade

Mauro Valdevino informou que a avó não sabia da morte da criança, até por isso registrou Boletim de Ocorrência. De acordo com o delegado a prisão de Tereza não tem fundamento.

“A defesa já está tomando as providências cabíveis para poder liberar a Terezinha porque entende que a prisão não tem respaldo legal, ela não tem fundamento. Manter uma pessoa presa porque um réu confesso, psicopata, extremamente agressivo, um sujeito que com suas atitudes ele mantinha tanto a criança quanto a avó em uma situação de pressão”, relata Valdevino.

Entretanto, as investigações apontaram Tereza como uma das principais suspeitas na participação do crime. Segundo o delegado, a avó contou que não estava em casa no momento do desaparecimento.

“A dona Terezinha não tem participação nenhuma na morte da adolescente Eduarda. Ela simplesmente diz o seguinte ‘olha eu não tinha conhecimento, ele não me disse nada e se ele confessou que ele ocultou o cadáver eu não tenho nada a ver com isso porque as câmeras de segurança confirmam que eu não estava na casa’”, conta.

O advogado também esclareceu que a guarda de Eduarda estava com a avó porque a criança sofria maus-tratos dos pais. Com Eduarda desde os três anos, as duas moravam com o avô em uma chácara até o fim de 2018. Entretanto com a morte do avô, ambas se mudaram para uma casa no terreno do pai de Eduarda.

Pai de Eduarda segue preso e sem advogado

O pai de Eduarda, Ricardo Seidi, também está preso. O homem assumiu o crime de ocultação de cadáver após ser flagrado por câmeras de segurança chegando no local onde a criança foi encontrada.

Sobretudo o réu continua sem advogado constituído.

Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.