Um laudo pericial realizado no computador de Carlos Eduardo dos Santos, de 54 anos, mostrou que antes de ser preso em 2016, o assassino confesso de Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre costumava pesquisar constantemente por pornografia infantil na internet. (Assista reportagem abaixo)
Na análise, divulgada nesta segunda-feira (28), a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) encontrou pesquisas de sexo entre crianças e familiares como avô e pai. Além disso, a busca por material pornográfico em escolas também era comum no histórico do homem.
Depoimentos do Caso Rachel
A Polícia Civil também tornou público o segundo depoimento prestado por Carlos Eduardo, colhido em Curitiba, no dia 22 de outubro. Como informado durante uma coletiva de imprensa na última semana, o documento apresenta versões diferentes daquelas relatadas pelo criminoso em seu primeiro depoimento – prestado em São Paulo, no mês de agosto.
Para a delegada Camilla Cecconello, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), as mentiras contadas pelo assassino confesso de Rachel Genofre confirmam que ele é um mentiroso compulsivo. “A gente vê também que são crimes em série e que todos eles, sejam nos estelionatos, nos estupros e até nos roubos, num primeiro momento, ele usa da sua conversa pra enganar as vítimas. Depois que as vítimas já estão sob o seu domínio é que ele se torna agressivo e comete o ato”, explicou Cecconello.
Crimes de Carlos Eduardo dos Santos
Preso desde 2016 por vários crimes, somente em agosto deste ano Carlos Eduardo foi apontado como o assassino e estuprador na criança encontrada morta em uma mala na Rodoferroviária de Curitiba, no fim de 2008.
A polícia descobriu a identidade do criminoso depois que as informações genéticas de Carlos Eduardo foram incluídas em um banco de dados federal e deram positivo para o sêmen encontrado no corpo da vítima.
Desde então, a polícia paranaense vem trabalhando para traçar o perfil psicológico e modus operandi do criminoso. O que se sabe até o momento é que foram registrados contra ele, pelo menos, seis boletins de ocorrência por estupro e mais de 20 por roubo, estelionato e até abandono de lar.
Na última semana, ele foi transferido de São Paulo para Curitiba, onde deverá permanecer até que o inquérito do Caso Rachel seja concluído. Ainda conforme a polícia, além de prestar versões diferentes sobre o crime, ele também se negou a participar da reconstituição da morte da menina.
Assista à reportagem completa:
A RIC Record TV mostrou trechos dos depoimentos do Caso Rachel.