O tio Giseli da Rosa Matias, que foi morta e estuprada por um traficante em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, contou que foram várias as tentativas para tirar a jovem – que era dependente química – do mundo das drogas, mas nada pôde salvá-la. (Assista reportagem completa abaixo)
“Eu falava sai desse mundo, que esse mundo é o caminho do abismo, o caminho do mau, quer destruir tua vida. Saia dessas coisas, mas não adiantava. Eu queria levar ela pra igreja, ela falava que ia e de repente dizia ‘eu não vou mais, vou fazer outras coisas’”, lembrou o tio.
O homem contou ainda que a família humilde foi devastada pelas drogas: o irmão de Gisele, que também era usuário, foi assassinado há cerca de seis meses e agora foi a vez da jovem. Além disso, a irmã que permanece viva também é dependente química. Já a mãe mal consegue falar depois de perder dois filhos para o vício.
Irmã dependente química
A irmã da vítima contou emocionada sobre a perda, conforme ela, se Gisele estivesse internada em um clínica para tratar da doença, tudo poderia ter sido evitado. “O que eles fizeram é muito malvadeza por causa de besteira porque fizeram isso com minha irmã. Minha mãe tá sofrendo. Eu falei pra minha irmã, eu falei pra Gisele ‘por que você foi lá Gisele? Vai lá que os caras vão te matar’. Mas a gente fala e ninguém escuta. Isso que eu fico de cara que falaram que era pra internar minha irmã, queria que tivesse internado que ela tava viva”, desabafou.
Crime Brutal
A vítima foi encontrada morta em um matagal às margens de uma estrada rural, no limite dos municípios de Colombo e Almirante Tamandaré, na tarde de domingo (24). O crime ocorreu alguns dias antes, mas a família não chegou a registrar um boletim de ocorrência por desaparecimento porque como era usuária de drogas, Gisele costuma sumir com frequência.
“Falaram que era pra internar minha irmã, queria que tivesse internado, que ela tava viva”, disse irmã.
Segundo as investigações, na noite do crime, Gisele consumiu bebida alcoólica e após estar embriagada decidiu ir até a casa de um traficante conhecido. Lá, ela teria incomodado o homem até que ele se revoltou e decidiu castigá-la. Ela foi estuprada ainda na residência, mas foi espancada até a morte na região afastada onde o corpo foi encontrado.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou o uso, inclusive, de um pedaço de madeira com um prego na ponta para bater na vítima. A violência foi tanta que Gisele não pôde ser velada, do IML com o caixão fechado e lacrado, o corpo seguiu direto para o cemitério.
A investigação, de acordo com o delegado Irineu Portes, está bem adiantada e o traficante e assassino pode ser preso nas próximas horas.
Assista à reportagem:
A RIC Record TV conta todos os detalhes sobre a jovem que foi estuprada e morta pelo traficante.
