Um casal de cabeleireiros, de 34 e 35 anos, foi preso pela Polícia Civil (PC) nesta quinta-feira (21), em Curitiba. Os dois homens são suspeitos de aplicar golpes em pessoas com estado de saúde terminal. Após localizarem a vítima, os cabeleireiros forjavam uma união estável com comunhão universal. Em um dos crimes, um idoso de 75 anos perdeu mais de R$ 1 milhão.
Segundo a PC, um outro homem, de 30 anos, que estava com câncer, também foi vítima do casal e acabou morrendo apenas nove dias após reconhecer uma união estável com um dos suspeitos.
Seduziam para ostentar nas redes sociais
Oséias de Jesus Batista e Renan Correia Lemes foram presos pela PC após serem acusados de cometerem crimes de estelionato. O casal de cabeleireiros assumia um relacionamento estável com pessoas em estado terminal e depois levava o dinheiro para curtir a vida juntos.
“Essas pessoas se aproximam de pessoas com uma saúde debilidade, aposentadas, sem herdeiros. E buscam ali tentar conseguir o reconhecimento de uma união estável inexistente, de forma fraudulenta. Formalizar essa união estável com comunhão universal de bens em cartório”, contou o delegado Guilherme Dias, da Delegacia de Estelionato.
Após se aproximar das vítimas e conseguir a oficialização da união, os suspeitos transferiam os bens para posse deles e aguardavam as vítimas morrerem.
Crime de R$ 1 milhão
Entre as vítimas do casal está um idoso de 75 anos. Após vizinhos anunciarem nas redes sociais que o homem estava precisando de ajuda de familiares, os suspeitos se apresentaram como parentes e levaram a vítima para uma casa de repouso. No local, de acordo com a investigação, os suspeitos ofereceram o dobro do valor da mensalidade para que funcionários não “incomodassem” os cabeleireiros.
Após conseguir a união estável com o idoso, os suspeitos transferiram um veículo e realizaram a venda, além disso venderam bens materiais da residência da vítima. Com o dinheiro, os cabeleireiros ostentaram nas redes sociais com viagens a Paris e Veneza, e ainda tinham um passeio a Madrid programado para janeiro. Ao todo o idoso perdeu aproximadamente R$ 1 milhão.
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