O uso de um detector de metais no Colégio Estadual Vila Macedo, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, vem causando polêmica desde que o diretor Gilmar Cordeiro decidiu comprar o aparelho para garantir a segurança dos mais de 700 alunos que estudam no local.
Segundo Cordeiro, o bairro é considerado violento e já foram registrados casos de alunos que entraram na escola portando facas, estiletes e canivetes e sua intenção é apenas evitar que algo de ruim aconteça.“Eu participei do processo do Enem, nos últimos dias, onde utiliza-se o detector de metal. São equipamentos facas, estiletes, que podem vir pra dentro de uma escola de uma forma involuntária, mas, muitas vezes, devido a questão de pressão, de briga, de problemas psicológicos e eu achei interessante, extremamente eficaz e muito fácil de manusear, explicou.
Secretaria de Educação não recomenda o uso do detector de metais
O equipamento custou R$ 400 e, com a melhor das intenções, o diretor pagou com seu dinheiro particular e não do colégio. Mas até agora não pôde usar o detector de metais na escola porque o assunto gerou debate nas redes sociais e na própria Secretaria Estadual de Educação.
A Secretaria Estadual de Educação não recomenda o uso do equipamento porque acredita que a responsabilidade pela segurança das escolas é da Polícia Militar e da Patrulha Escolar, que são preparados e capacitados para administrar situações de risco ou conflito.
“Pediram para que eu avaliasse toda essa situação, explicaram que não há uma legislação específica e que eu deveria aguardar um pouco essa situação toda”, disse o diretor.
O impasse levou o diretor a buscar opiniões de pais e alunos através de uma pesquisa e, segundo ele, a maioria tem se mostrado favorável. “Alunos, mais de 98% favoráveis, os pais já temos recebidos os questionários, também praticamente 100% a favor do projeto dentro da nossa escola”, contou.
Mesmo assim, apesar de não existir uma lei que proíba o uso de detector de metais nas escolas, o diretor prefere esperar por uma determinação do estado. “Eu quero o parecer da Secretaria de Educação no sentido de que avaliam a nossa proposta, eu sou um servidor público do estado e vejo que também tenho que respeitar a opinião da mantenedora”, finalizou Cordeiro.
Assista à reportagem completa:
A RIC Record TV foi até a escola para falar sobre o uso do detector de metais.