Segundo a Record TV, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) investiga um pagamento o pagamento milionário da maior organização criminosa do país, o PCC, para advogados do Partido dos Trabalhados (PT). Além disso, uma ONG do Rio de Janeiro teria recebido também a verba.
PCC usou dinheiro para derrubar portaria
Mensagens encontradas no celular de um integrante do PCC, preso em agosto deste ano, revelam que o dinheiro foi usado para mover ações no Supremo Tribunal Federal e na Organização dos Estados Americanos. Segundo o MP-SP, o objetivo era derrubar uma portaria que endureceu as regras nas penitenciárias federais.
Décio Gouveia Luiz, conhecido como Décio Português, é considerado o braço direito de Marcola, o principal líder do PCC. Segundo a polícia, Décio era responsável pelas decisões da quadrilha nas ruas.
A mensagem encontrada detalha que R$ 1 milhão foi pago para uma pessoa chamada ‘Nicodemos‘. Além disso, um documento aponta que em maio, o advogado Carlos Nicodemos, do Rio de Janeiro, ingressou com uma petição na OEA contra a portaria do Ministério da Justiça.
Em nota enviada à Record TV, o advogado Geraldo Prado afirmou que “é totalmente mentirosa a informação de que eu tenha sido contratado por organização criminosa”.
“De forma absolutamente gratuita fui constituído advogado do Instituto Anjos da Liberdade (IAL) para impugnar a Portaria 157/2019 do Ministério da Justiça que proibiu crianças e adolescentes de terem convivência com os pais presos. Trata-se de uma afronta a todos os tratados de direitos internacionais, dos quais o Brasil é signatário, e um desrespeito às garantias fundamentais da Constituição Brasileira”.