Tragédia no RS: Athletico se posiciona a favor da paralisação do Brasileirão

Mario Celso Petraglia muda de ideia, e Athletico passa a defender a paralisação do campeonato por conta da tragédia no Rio Grande do Sul

Publicado em 12 maio 2024, às 19h16. Atualizado às 21h23.

O Athletico mudou de ideia e passou a defender a paralisação do Campeonato Brasileiro por conta da tragédia no Rio Grande do Sul. O presidente Mario Celso Petraglia defendia a continuidade, mas agora é favorável ao adiamento dos jogos de todos os times.

Palmeiras x Athletico
Athletico se posiciona a favor da paralisação do Brasileirão. Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Petraglia mostrou-se defensor da continuidade em entrevista à ESPN na terça passada (7). Porém, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pediu na sexta (10) para que os clubes se posicionassem formalmente, e o Furacão afirmou ser favorável à paralisação.

Segundo números divulgados pela Defesa Civil neste domingo (12), o RS soma 143 mortos, 131 desaparecidos e 806 feridos, além de 618 mil pessoas fora de suas casas.

Por enquanto, a CBF adiou apenas as partidas dos clubes gaúchos. A entidade tem uma reunião marcada para 27 de maio para decidir pelo adiamento ou não de todos os jogos.

‘Não vai ter isonomia’

O diretor de futebol do Athletico, André Mazzuco, e o técnico Cuca falaram sobre o tema após a vitória por 2 a 0 sobre o Palmeiras neste domingo (12). E defenderam a paralisação.

“A orientação do nosso presidente, nossa posição é de apoio total e irrestrito aos clubes por tudo o que está acontecendo. Por toda a tragédia no Rio Grande do Sul, vamos seguir essa nossa posição”, falou o diretor de futebol do Athletico.

“Eu sempre tento me pôr no lugar das pessoas, sabe? Se eu tivesse algum familiar lá, como estaria a minha cabeça? Futebol vai ter no ano que vem, no outro ano… Os times que estão acumulando jogos para a frente, como vai acontecer com eles?”, questionou Cuca.

“Eles vão chegar e jogar sem treino? Vai estourar jogador. Essa sequência maluca que eles vão ter não vai ter isonomia, não vai ter igualdade no campeonato. Tem que ser justo, tem que parar. Tem coisas mais importantes acontecendo”, completou o treinador.

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