Em janeiro de 2021, Zé Toledo, jogador de handebol, rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho durante o Campeonato Mundial de handebol do Egito. Se por um lado ele não sentiu dor, por outro viu seu sonho de disputar as Olimpíadas indo por água abaixo.
Com incentivos da família, da namorada, dos amigos e dos profissionais da Seleção Brasileira, o armador decidiu apostar na superação de seis meses e conseguir a vaga para a disputa dos Jogos Olímpicos. Agora, depois de seu esforço, está em Ota, na base do Time Brasil no Japão, onde se prepara para disputar os Jogos pela segunda vez.
“Para mim é muito especial estar aqui. Foi uma batalha muito difícil, mas os Jogos são sobre isso, sobre batalhar e não desistir”, afirmou o jogador.
“A dor que eu senti quando me lesionei não foi do joelho, foi um desespero. Eu imaginei que tinha perdido tudo pelo que tinha batalhado. Durante o processo de recuperação, algumas vezes eu pensei em desistir. Ainda bem que tive ajuda dos meus pais, da minha namorada, dos meus amigos e do meu fisioterapeuta Daniel Santos, que acreditou em mim”, disse.
Zé Toledo morava com a família em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, mas, após a cirurgia, fez fisioterapia em São Carlos. “Fiz isso por cinco meses, alguns dias eu passava 12 horas na clínica. Não foi fácil”, relembra o armador.
Após melhora física, o técnico Marcos Tatá decidiu convocá-lo para os amistosos do time brasileiro na reta final dos Jogos. “Precisávamos ver como seria essa transição para a quadra. Se ele estivesse bem, iríamos convocá-lo para os Jogos”, afirmou.
“A primeira impressão que tenho é que estou bem preparado. Estar aqui é a realização de um sonho”, disse o jogador, que estreia em Tóquio contra a Noruega, no dia 24.