Atletas dos EUA são alvo de críticas em Tóquio: "Constrangedor e ridículo"

Publicado em 5 ago 2021, às 14h28. Atualizado às 16h55.

Com recordes mundiais quebrados e dezenas de melhores tempos pessoais conquistados em sua pista veloz, o atletismo na Olimpíada de Tóquio está se mostrando um dos mais memoráveis em décadas. Mas para um número crescente de atletas masculinos dos Estados Unidos, normalmente predominantes, estes Jogos estão se tornando rapidamente algo para se esquecer.

Com somente um ouro conquistado, o de Ryan Crouser no arremesso de peso, a equipe masculina norte-americana encara a perspectiva desoladora de ficar de fora do pódio do atletismo pela primeira vez nos 125 anos de história dos Jogos – com exceção do boicote ao evento de 1980.

“Nesta altura do Campeonato Mundial de 2019, os homens dos EUA haviam ganhado sete das eventuais nove medalhas de ouro. Até agora, só um ouro em Tóquio com oito medalhas ainda em disputa enquanto escrevo isto. Constrangedor e ridículo”, tuitou o ex-campeão norte-americano de corridas de velocidade Michael Johnson.

Até esta quinta-feira (5), o número de medalhas em disputa pelos EUA estava encolhendo, já que os atletas norte-americanos ficaram fora do pódio dos 400 metros – que dominaram em 2004 e 2008, mas não ganham desde então.

As mulheres norte-americanas, por contraste, estão brilhando. Entre suas quatro medalhas de ouro, Sydney McLaughlin quebrou seu próprio recorde mundial ao vencer os 400 metros com barreiras, enquanto Athing Mu deu o primeiro ouro nos 800 metros ao seu país desde 1968.

Falsas expectativas

Ao menos em teoria, resultados impressionantes nas qualificatórias de junho dos EUA também sugeriam uma corrida de ouro para os homens em Tóquio. Grant Holloway ficou um centésimo de segundo atrás do recorde mundial de Aries Merritt nos 110 metros com barreiras, e Noah Lyles estabeleceu um recorde mundial de 19,74 segundos nos 200 metros. Em Tóquio, no entanto, os dois saíram com a prata e o bronze.

Por Amy Tennery