O Coritiba foi até Pernambuco enfrentar o Náutico na Arena Pernambuco no último sábado (28/09) e acabou agravando sua crise, perdendo pelo placar de 3 a 0.

Quando o torcedor do Coxa acreditou que nada poderia piorar a situação – sem técnico, sem dirigente de futebol – eis que surge o lanterna do campeonato e faz o time alviverde passar vergonha fora de casa. O time pernambucano estava a 14 rodadas em jejum e, a partir deste jogo, jogou a crise no colo do Coritiba, que permanece com um total de cinco rodadas sem vencer e vê o sonho do G4 cada vez mais longe.

E por acaso do destino, um ex-atleticano foi o carrasco coxa-branca nesta derrota. Maikon Leite fez dois gols na partida e fez uma bela atuação em ambas as etapas da partida.

Com a ausência de Vanderlei, que cumpriu suspensão por ter levado o terceiro cartão amarelo na última partida, o goleiro Vaná entrou no lugar e segurou o ataque do time pernambucano apenas no primeiro tempo. Entretanto, a primeira etapa foi cheia de trabalho por parte da defesa alviverde. Maikon Leite chegou aos 18 e aos 32 minutos com extremo perigo a meta coxa-branca.  E aos 7 minutos, Dadá exigiu uma grande defesa do arqueiro do Coritiba.

O Coxa chegou com ações pouco efetiva – apenas duas – no primeiro tempo, com Alex, que por sinal teve uma atuação apagada no jogo. Tanto que suas duas investidas foram totalmente opostas no primeiro tempo. A primeira aos 5 minutos e a segunda apenas aos 41. Em meio a essas duas chegadas, o maestro alviverde não conseguiu criar um ritmo considerável ao time, que levasse o elenco ao ataque com criatividade e excelência. Sem efetividade no ataque do Coritiba, o Náutico aproveitou-se da fragilidade da defesa coxa-branca para levar muito perigo à meta de Vaná.

Duas vezes Maikon Leite

Na etapa complementar, o técnico Martelotte, da equipe do Náutico, tirou o jovem João Paulo de 17 anos, para a entrada do experiente Olivera e, com apenas cinco minutos de partida, o jogador uruguaio mostrou que não merece ficar mais no banco de reservas do time pernambucano. Em bola lançada na área coxa-branca, Olivera subiu mais do que a zaga e mandou de cabeça para o fundo das redes.

Após o gol, o Coritiba tentou esboçar uma reação e passou ser mais ofensivo, até que Escudero, aos 15 minutos, recebeu o segundo amarelo por entrada dura em Martinez e acabou expulso da partida, deixando a defesa coxa-branca ainda mais frágil. É claro este problema em que alguns jogadores do Coritiba têm em segurar os ânimos quando o time encontra-se em uma crise. Inúmeras vezes isso já aconteceu no elenco e nada foi feito para resolver, obviamente isso é algo que prejudica e muito o time, pois acaba deixando certos setores que já contam com problemas ainda mais prejudicados, como foi o caso do Escudero ser expulso em uma hora nada apropriada para o Coritiba – e de maneira extremamente desnecessária, o que deixou a situação do time paranaense ainda mais complicada.

Tentando consertar o erro do zagueiro do Coritiba, o técnico interino Marcelo Serrano tirou Bottinelli, Vitor Junior Bill para a entrada de Dudu Figueiredo, Lincoln e Emerson Santos. Tecnicamente essas alterações fizeram diferença para o Coritiba, mas não foram suficientes. Aos 25 minutos, Alex deixou Robinho sozinho para fazer o primeiro do Coritiba, mas o meia coxa-branca não soube aproveitar a oportunidade. Por consequência seis minutos depois, Maikon Leite ampliou o placar para o Náutico, após passe de Dadá, ele deu um toque sutil na saída do goleiro.

Logo após o segundo gol, Morales que entrou no lugar de Tiago Real, quase marcou um golaço e ainda deu assistência para o Náutico ampliar o placar. Pela esquerda, passou por dois adversários e tocou para Maikon Leite pegar de primeira e marcar o terceiro.

Esta derrota do Coritiba apenas provou que não é um técnico ou dirigente que causa a crise no time. Futebol é construído fora de campo, mas provado dentro dele.

O Coritiba recebe o Flamengo, na próxima quarta-feira (02/10), no Couto Pereira.