A interrupção da partida entre Brasil e Argentina, válida pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo, segue dando o que falar. Ainda na reta inicial do confronto, agentes da Anvisa entraram no gramado e paralisaram o jogo.
Isso se deu por conta de quatro jogadores argentinos que, irregularmente, integraram a delegação de sua seleção para a partida. Os quatro jogam em clubes ingleses e, segundo recomendação do governo brasileiro, todos os que vierem do Reino Unido em direção ao Brasil, devem passar por 14 dias de quarentena, não cumprida por estes atletas.
Em entrevista ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, na noite deste domingo, Gonzalo Vecina, ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), deu seu parecer sobre a situação.
”Houve um desrespeito a uma norma que já era conhecida. Quem viesse de um país em que a variante Delta está disseminada tem que cumprir as normas. Isso não foi seguido, não sei que tipo de comunicação houve, mas teve problema de comunicação que foi grave. De fato, há coisas que são incompreensíveis”, disse.
”Agora, temos que buscar os responsáveis que tentaram driblar a lei”, continuou.
Para Gonzalo, a Anvisa não teve culpa no ocorrido e agiu corretamente.
”Tinha uma regra sanitária que foi descumprida, se a Anvisa não tivesse cumprido, vocês estariam falando outra coisa”, analisou. ”Na minha opinião, tudo isso é responsabilidade dos jogadores, da seleção argentina, da CBF e das autoridades sul-americanas”, encerrou.
Por meio de suas redes sociais, a Conmebol anunciou que a partida entre Brasil e Argentina está suspensa.