Da mesma geração do lendário Oscar Schmidt, Gerson Victalino é um dos jogadores que mais vestiu a camisa da Seleção Brasileira de basquete, conhecido por um estilo guerreiro. Atualmente, ele hoje trava outra batalha, agora contra a Esclerose Lateral Amiotrófica, doença que afeta o sistema nervoso enfraquecendo os músculos. Aos 60 anos, o ex-pivô foi homenageado pela Confederação Brasileira de Basketball (CBB).
Ele dá o nome a uma das conferências do Campeonato Brasileiro Masculino, que começa no dia 15 de março. Feliz com a homenagem, Gerson, que disputou três Olimpíadas e foi campeão Pan-americano em 1987, na histórica vitória diante dos Estados Unidos, falou sobre a sensação.
Gerson faz tratamento para a Esclerose Lateral Amiotrófica
“Me senti lisonjeado com esta homenagem. Ser escolhido dentre tantos nomes que fizeram e fazem história no nosso basquete. Quando recebi essa notícia, fiquei em êxtase, pois sei a importância de ter o nome vinculado a um evento da CBB”, declarou.
Antes mesmo de descobrir a doença, o atleta passou por dificuldades e foi amparado por amigos. Um deles foi Guy Peixoto Jr, presidente da Confederação Brasileira de Basketball (CBB). O ex-jogador, também da Seleção, é amigo de Victalino e sempre o ajudou.
“Falar do Guy Peixoto é muito fácil. Amigo, irmão, pai de família, gestor de qualidade e competente. O basquete deveria fazer uma estátua para ele, porque eu duvido que qualquer outra pessoa faria pelo basquete o que ele tem feito. Poucos sabem, mas ele colocou suas economias na CBB e com certeza não terá esses valores de volta. Ele, além disso, como pessoa física, sempre procurou ajudar os amigos. Eu sou prova disso, pois ele sempre me ajudou e continua ajudando. Sou grato a ele e a cada dia peço a Deus para que ele tenha saúde e paz na sua vida. Não conheço pessoa com o coração igual ao dele no esporte”, contou.
O ex-jogador também falou sobre os obstáculos da sua doença. “Passo por um problema temporário. Sei da gravidade, mas também sei que as lutas vêm na nossa vida para lutarmos e mostrarmos nossas forças. Para os médicos, a cura não existe, mas não posso me apegar ao que eles pensam e sim na minha confiança de que há um caminho para a cura. Imagina uma coisa até tempos atrás que não tinha cura e hoje tem. Com certeza eu vou ser o primeiro desta moléstia (risos) porque tenho fé em Deus e não me entrego facilmente”, destacou.