Diferente do Brasil, a pandemia do coronavírus está bem controlada na Coreia do Sul – na última sexta-feira o país registrou apenas 705 casos ativos. Com a situação mais tranquila, os sul-coreanos vão aos poucos liberando a volta do público aos estádios. Desde o início do mês, jogos de futebol podem receber 10% da capacidade.
Mesmo com a volta, o protocolo ainda é rígido e os torcedores precisam manter o distanciamento. Há cinco anos no país, o meia brasileiro Cesinha explica como está sendo a retomada.
“Os torcedores sentam na poltrona e o outro tem que ficar a duas, três de distância. Eles se espalham pelo estádio todo. O setor que era para o visitante virou para o torcedor local também”, detalhou em entrevista à Gazeta Esportiva.
“Aqui não tem muito esse problema de respeito (ao protocolo), eles (torcedores) respeitam muito. E acaba tendo ainda um pouco de medo, de receio, mas eles respeitam muito. No final de semana passado tivemos jogo aqui em casa e foi super tranquilo, não teve nenhum problema”, contou.
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Cesinha joga no Daegu, que aparece na 5ª colocação na tabela. Para o meio-campista, mesmo que a volta ainda seja incipiente, a presença do poucos torcedores já muda completamente o clima dos jogos.
“Por mais que sejam poucas pessoas, já fazem um barulho que parece que o estádio está cheio. Bem melhor que sem ninguém, porque fica parecendo treino. Eu particularmente vou acordar no jogo só depois de dez, 15 minutos que você toma uma chegada forte e percebe que é jogo para valer”, contou.
“A gente na entrada do jogo tem um protocolo rigoroso, temos que ficar longe um do outro, checam nossa temperatura, depois vamos para o vestiário, cada jogador tem a sua garrafinha liberada para não pegar a do outro; mas só de ter torcida já parece o ambiente de antigamente, porque nossa, sem torcida é muito esquisito”, seguiu o meio-campista.
As autoridades buscam ir aumentando a capacidade de forma progressiva se o cenário se manter positivo. O Campeonato Coreano começou em maio e está na 15ª rodada.