Londrina Esporte Clube completa 66 anos de títulos e história
Londrina Esporte Clube, LEC ou Tubarão. Fundado em 1956, o clube de futebol do norte paranaense completa, nesta terça-feira (5), 66 anos recheados de títulos e histórias. Prova delas é o museu do clube. No local, há dezenas de troféus, camisas, flâmulas, lembranças de partidas históricas e títulos. Só do Campeonato Paranaense foram cinco: 1962, 1981, 1992, 2014 e 2021.
Algumas das histórias “oficiais” a grande maioria dos torcedores sabem de cór. Mas o time, que é a paixão dos londrinenses, também guarda curiosidades, como a origem do nome do mascote – Tubarão, que surgiu na metade da década de 1970. Nessa época, o filme, que leva o mesmo nome, fazia sucesso nas telonas do cinema. A ligação aconteceu porque esse também foi o período em que LEC estava emendando bons resultados e aterrorizando os adversários.
Outra coisa que pode ser novidade para muitos é a cor que estampa a camisa do time. Diferente do que estamos acostumados, o branco e azul já deram lugar ao vermelho, mesma cor da bandeira da cidade.
Ídolo
Quando o assunto é o ídolo do Tubarão, a resposta é unânime: Carlos Alberto Garcia, também conhecido como “Bem-Amado” e “Beijoca”. O ex-jogador foi atacante do time na década de 70.
“Até então, joguei seis a sete anos no Corinthians. Joguei três partidas apenas dos profissionais lá. Não conseguia jogar, estava sem autoestima, sem confiança. Eu falei que só indo para o Londrina Esporte Clube para que eu seja realmente um jogador de futebol profissional, porque, até então, estava só nas categorias de base. Foi quando eu cheguei aqui, em 1976, e tudo mudou: a confiança e a autoestima. Eu tinha confiança que ia fazer gol e fazia. O estádio estava lotado, a torcida realmente gostava de mim e eu também gostava deles. Para mim, virou um prazer e uma honra jogar no Londrina.”
diz o ídolo do LEC, em entrevista à RICtv Londrina.
A paixão e dedicação do Garcia pelo clube lhe rendeu diversas homenagens, como uma estátua, que ganhou em maio de 2021. Os 160 quilos de fibra de cimento reproduzem a comemoração do ex-jogador no gol de 1978, contra o Corinthians. Jogada essa que fez o Tubarão eliminar o time paulista da semifinal do Campeonato Brasileiro de 1977.
Paixão de torcedor
Não são só os títulos que o Tubarão coleciona, mas também os corações dos torcedores. Como o do Abílio João dos Santos. Na casa dele, já não tem mais espaço para tantas camisas, bonés, copos e todo tipo de lembrancinha do time. Só das primeiras, ele tem mais de 200.
Em entrevista à RICtv, ele brinca que as pessoas acham que ele é doido: “Se alguém chegar com um negocinho azul e branco, ele compra”. A ligação do Abílio com o time é ainda mais especial pelos dois compartilharem uma data importante: a da conquista do segundo título do Paranaense, em 1981, mesmo ano de nascimento do torcedor.
“Poder participar um pouquinho da história do Londrina é demais. A gente resgata isso daqui, que é a memória do clube. A gente não deixa morrer.”
comemora Abílio.
Ao time que é a paixão dos londrinenses, a equipe do RIC Mais Londrina deseja outros muitos anos de títulos, conquistas, gols e histórias!