O português foi apenas um dos idiomas ouvidos e falados na Fan Fest de Curitiba nesta terça-feira (17). Torcedores vindos de vários países reforçaram a torcida pelo Brasil durante o segundo jogo da seleção na Copa do Mundo, diante do México. O empate sem gols não foi motivo para desânimo dos presentes, que puderam torcer com segurança e aproveitar a estrutura montada na Pedreira Paulo Leminski.

A maior parte do público começou a chegar perto das 15 horas, enquanto a seleção da Bélgica virava o jogo para cima da Argélia na primeira partida do dia. Alegria de grande parte da torcida, que estava com os belgas, mas especialmente para Jorge Luis Melo. No colégio, o estudante conviveu com um colega do país europeu que veio para o Brasil fazer intercâmbio durante seis meses e acabou de retornar para a Europa.

Melo pretende viajar para estudar na Bélgica no ano que vem, mas enquanto isso não acontece, ele se contentou em levar a bandeira preta, amarela e vermelha para a festa. Por coincidência, o estudante encontrou Louis, este sim um belga legítimo que passa uma temporada no Peru e aproveitou a Copa para conhecer Curitiba.

Na medida em que a hora do jogo do Brasil se aproximava, a pedreira ganhava cada vez mais o verde e amarelo. Porém, as cores dos mexicanos também se destacavam, além dos famosos chapéus. Uma família, que escolheu Curitiba para assistir aos quatro jogos na Arena da Baixada e também torcer pela sua seleção, foi só elogios à capital paranaense.

“A cidade parece ser muito moderna, a segurança e limpeza chamaram a nossa atenção, assim como as várias áreas verdes, especialmente o Jardim Botânico”, afirmou Miguel Martinez, que trabalha com mídias sociais na Cidade do México. Ele estava acompanhado da esposa, filha, pai, mãe e irmã.

Nascida no Brasil, mas moradora de Houston, no Texas, Claudia McAdam e seu marido, o inglês Steve, estavam animados na Fan Fest. Fanático por futebol, o casal vai acompanhar todos os jogos da Copa em Curitiba. “Eu brinco com o Steve que os ingleses criaram o futebol, mas foi o Brasil que melhorou. Ele fica louco”, se diverte Claudia, que já conhecia a cidade e admira a organização curitibana. “Eu gosto de sair à noite, ir para os bares, aqui a gente consegue ficar tranquilo e relaxar. Ontem no estádio tudo funcionou muito bem”, diz.

Quem viveu do futebol sabe que a Copa do Mundo é um momento especial. O ex-jogador Edmundo Bolívar Dominguez, que defendeu a seleção do Equador no torneio pré-olímpico de 1968, era um dos vários equatorianos presentes na Pedreira. Ao lado da filha, do neto e de vários outros compatriotas, ele elogiou o ambiente que encontrou no local: “É muito bonito, o futebol é parte fundamental da minha vida e seguir vivendo as coisas boas do esporte é maravilhoso”.

Como nem só de estrangeiros e turistas vive a Fan Fest, os curitibanos também marcaram presença. As estudantes Kauana Camille, Luana Baroni e Manuella Bortolini aproveitaram as férias escolares para assistir ao jogo. Nesta fase, as adolescentes acreditam que ficar em casa não é a melhor opção. “Aqui é muito mais animado, podemos conhecer outras pessoas e nos divertir”, fala Kauana.

Antes do jogo do Brasil, a cultura local foi apresentada aos forasteiros de forma bem-humorada pelo grupo Tesão Piá. Também nesta terça-feira, os presentes puderam acompanhar o show dos músicos Ana Larousse e Leo Fressato e da banda MUV. A última partida do dia foi disputada entre Rússia e Coréia do Sul.