Uma organizadora de eventos esportivos do Paraná, especializada em corridas de rua e de aventura, adota desde 2018 a política de abolir as sacolas plásticas dos kits entregues aos atletas. Somente em 2019, a empresa estima ter deixado de colocar em circulação 45 mil sacolas plásticas em seus eventos. O objetivo da organizadora é que até 2021 nenhum dos itens dos kits sejam embalados com plástico.
“É impressionante a quantidade de resíduos gerados em eventos de grande porte, como as corridas de rua. Esse fato sempre nos incomodou e nos estimula a buscar soluções sustentáveis para minimizar e, quando possível, compensar o impacto ambiental gerado pelos eventos de corrida. Abolir o plástico dos nossos kits foi uma atitude natural. Aliás, é o mínimo que podemos fazer pelo meio ambiente, conta Arthur Trauczyski, diretor de negócios da Global Vita Sports.
Os próximos passos da empresa neste sentido são revisar integralmente toda a cadeia produtiva da empresa, encontrar soluções estruturais mais sustentáveis para os eventos, repensar a composição dos materiais distribuídos no kit dos atletas. Todos esses passos tem o objetivo de conduzir a empresa ao seu maior desafio: eliminar integralmente a utilização de copos plásticos nos eventos até 2023.
Como forma de conscientização, desde o início deste ano, os kits atleta da Global Vita foram entregues em sacos de papel kraft, personalizados com mensagens de incentivo ao cuidado e preservação do meio ambiente.
Brasil consome 1,5 milhões de sacolas plásticas por hora
O Brasil consome 1,5 milhões de sacolas plásticas por hora, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente. As sacolas plásticas, tão práticas e gratuitas, não são o maior problema ambiental, mas o seu consumo excessivo é. Afinal, seu processo produtivo tem um alto custo ambiental pois são consumidos combustíveis fósseis (não-renováveis), água e energia, resíduos líquidos são liberados e gases tóxicos são emitidos. Depois de usadas poucas são recicladas, a maioria é descartada de forma incorreta indo parar em bueiros, rios, matas e oceanos, se tornando um grave problema para nossa fauna.