Paraná Clube: credores apresentam plano alternativo ao Tricolor
Paraná Clube segue tentando vender a sua SAF; dívidas e falta de propostas, porém, preocupam
Os credores do Paraná Clube apresentaram nesta quinta-feira (28) um plano alternativo para o pagamento das dívidas do Tricolor no processo de Recuperação Judicial (RJ). No documento, eles preveem um prazo para vender a SAF e pagar os débitos restantes.
Caso contrário, haverá um leilão da sede da Kennedy e da própria SAF. A proposta precisa ser avaliada pela juíza Mariana Gusso, da 1ª Vara de Falências de Curitiba.
De acordo com o documento que a reportagem da Jovem Pan News Curitiba teve acesso, a dívida atual da RJ do Paraná Clube é de R$ 130,8 milhões.
O alto valor, que se torna ainda mais preocupante pela falta de calendário esportivo do clube em 2025, encontra outra preocupação na falta de propostas concretas para adquirir a SAF.
De acordo com o clube, não tiveram propostas oficiais com garantias financeiras.
Eventual leilão da sede da Kennedy também consta na proposta dos credores
A preocupação pela falta de ofertas concretas para a compra da SAF do Paraná Clube, a falta de calendário esportivo considerável para 2025 e a extensa lista de dúvidas são preocupações pertinentes. O documento dos credores prevê a possibilidade de haver um leilão da sede da Kennedy.
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Localizada no bairro Água Verde, em Curitiba, a sede teve avaliação judicial fixada em R$ 68,7 milhões. Entretanto, o Tricolor tem um acordo de arrendamento com o “Espaço Torres” até 2032, com multa para a quebra de contrato. Essa quantia é de R$ 13,5 milhões e diminui a cada ano.
Soma-se a isso o terreno ter sido doado pela Prefeitura e não poder ir a leilão. O Tricolor promete se reunir com o prefeito eleito, Eduardo Pimentel, para tentar reverter a cláusula de impenhorabilidade.
De acordo com o novo plano, todo o valor do leilão da Kennedy iria para o pagamento de credores. O pregão mínimo é de 80% do valor do terreno
Possível leilão da SAF: Paraná Clube teria meio ano para avaliar o quanto ela vale
O documento também cita a possibilidade do Paraná Clube fazer uma avaliação de quanto vale a sua SAF em 180 dias. Os credores desejam que, do valor total a ser vendido, tenham direito a, no mínimo, 50% do total. Se essa porcentagem ultrapassar o valor da dívida, o restante fica com o clube.
O Tricolor, assim, tem até julho de 2025 para concretizar a venda da SAF ou essa iria a leilão. Um eventual leilão, inclusive, seria dividido em etapas: o primeiro seria com o valor integral do avaliado; o segundo com a metade; por fim, o terceiro, seria livre.
Dentro da venda da SAF, o novo plano também prevê o uso de outras estruturas do clube. Além dos 90%, com 10% sendo mantido pelo clube, os credores incluem as utilizações da Vila Capanema, Vila Olímpica e sub-sede do Boqueirão pelo período de 30 anos.
Ou seja, quem comprar a SAF paranista também fica com o direito de explorar esses patrimônios até 2055.
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