Darlan Romani era uma das grandes esperanças de medalha do Brasil no atletismo dos Jogos Olímpicos, mas teve um sabor amargo na prova do arremesso de peso em Tóquio. O brasileiro passou nesta quinta-feira perto do pódio, mas ficou apenas na quarta colocação. O sentimento, obviamente, era de muita frustração.
“Com certeza não era o resultado que eu queria. Não consigo nem falar ainda. A gente sonha, corre atrás e isso acontece. Cada um nas suas condições, eu tenho uma condição no Brasil, eles têm outras nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, não sei como são as condições individuais de cada um, as minhas condições para o resultado que eu tenho são boas”, disse o atleta, que lamentou bastante a pandemia do coronavírus.
“No ano passado, em março, eu estava bem, a milhão, ia fazer uma temporada excelente, entrou a pandemia, tive que operar (hérnia de disco), passei um tempo com covid, não foi fácil pra gente. É difícil falar, cada um é cada um. Eu me dedico ao máximo”, completou.
Neste fase decisiva antes da Olimpíada, Darlan ainda sofreu com a distância em relação ao seu técnico, o cubano Justo Navarro, que foi para seu país de origem de férias e não conseguiu retornar justamente em função da pandemia mundial “Ele (treinador) foi pra Cuba, teve problemas dele particulares, perda da esposa. A gente filma o treino e manda pra ele. Ele dá as opiniões, mas não tem o que fazer, é uma condição que Cuba está lá, está fechada, ele não conseguiu sair. A gente tentou de tudo, o COB, a Confederação, eu, estou correndo atrás de outra alternativa para levar ele pro Brasil. Todo dia falamos disso”, explicou.