O zagueiro Thiago Silva garantiu nesta quinta-feira que a seleção brasileira estrearia com vitória na Copa do Mundo mesmo que o árbitro japonês Yuichi Nishimura não marcasse o pênalti que desempatou o placar, durante o segundo tempo, em um momento em que a equipe não encontrava espaços na defesa da Croácia. Depois disso, o Brasil marcou o seu terceiro gol, com o meia Oscar, definindo a vitória por 3 a 1, no Itaquerão.
Para Thiago Silva, o pênalti polêmico de Lovren em Fred não teve tanta influência no placar final da partida. “Se tira o pênalti, o jogo ia acabar 2 a 1. Pode não ter sido, mas com certeza íamos vencer porque a pressão estava sendo muito grande”, disse. “Eu acredito e sei o que posso falar desse grupo, que uma hora íamos ganhar o jogo”, completou. “As pessoas estão focando muito nisso, mas estão esquecendo da posse de bola e da chance que criamos”, acrescentou.
Thiago Silva também destacou o poder de reação da seleção, que garantiu a vitória após o susto inicial, com o gol contra marcado por Marcelo. “Foi uma das melhores coisas que aconteceu. É sempre chato, ainda mais eu que sou zagueiro. Mas, a partir do gol, nós crescemos no jogo, não perdemos a concentração. A rapaziada manteve a tranquilidade, o Neymar chamou a responsabilidade, com só 22 anos”, disse.
O capitão da seleção, aliás, não economizou nos elogios a Neymar, autor de dois gols na partida. Para ele, o Brasil agora tem um novo “Fenômeno”, se lembrando do apelido sempre associado a Ronaldo. “Não tenho dúvida. Um mês antes da apresentação, disse que o Neymar seria o craque da Copa. Chamou a responsabilidade com 22 anos. Ele é um fenômeno”, comentou.
Thiago Silva também minimizou os erros cometidos pelos laterais do Brasil e destacou que eles se deram muito mais pela estratégia adotada pela Croácia e também pela pressão sobre a seleção na abertura da Copa do que por um dia ruim de Daniel Alves e Marcelo. “Eles atacaram para neutralizar o Marcelo e o Dani. Ele esqueceu do nosso maior jogador, que é o Neymar, que ficou à vontade”, disse. “Isso é natural quando você tem a obrigação de vencer, atuando em casa”, completou.
O zagueiro, mesmo experiente, se emocionou durante a execução do Hino Nacional, antes da partida, e explicou porque chorou naquele momento. “Não é porque sou experiente que não sinto a pressão. Isso é inevitável, até pelo jogo, a ansiedade da estreia. Isso causa pensamentos sobre o passado, até mesmo as palavras do vestiário, emociona. Quando você vê a torcida cantando, não tem quem aguente. Cada um reage de uma forma”, concluiu o capitão da seleção.