'A tensão é grande', diz pai do Vitão, jogador paranaense que está em hotel na Ucrânia

por Redação RIC.com.br
com informações de Pedro Marconi, da RICtv
Publicado em 24 fev 2022, às 15h12. Atualizado às 15h22.

Em entrevista ao repórter Pedro Marconi, da RICtv Londrina, no norte do Paraná, o pai do jogador de futebol Vitor Eduardo da Silva Matos, comentou sobre a situação de espera que vive no Brasil enquanto o filho está em um hotel de Kiev, na Ucrânia, junto da família e outros jogadores. Vitão é jogador do Shakthar Donestk e nasceu em Jacarezinho (PR).

“A tensão é grande. Ele está esperando definir se vão ter jogos ou se vai cortar o campeonato para eles poderem dar uma definição do que vão fazer […] há um receio de todos: da gente, da família e deles que estão lá. Não é só ele, mas todo esse pessoal que está na Ucrânia, que está em Kiev […] eles querem voltar, todo mundo que está lá pretende sair de lá […] não vemos a hora de acabar tudo isso, deles chegarem aqui e podermos dar um abraço.”

fala o pai do Vitão, Claudinei Matos.

O pai também comentou que conversa com o atleta de hora em hora para saber como está a situação no país.

Vitão vive na Ucrânia com a esposa e o filho de três meses há cerca de dois anos e meio. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele e outros jogados de times ucranianos pedem ajuda do governo brasileiro para poderem sair do país. (Veja abaixo)

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Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que o “Governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia”, e completou:

“O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil.

Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias.”

Paraná

Há cerca de 600 mil descendentes de ucranianos no Brasil. Desse total, cerca de meio milhão de pessoas residem no Paraná e as demais se encontram no Norte de Santa Catarina (SC), em Porto Alegre (RS) e em São Caetano do Sul (SP). A maior concentração de ucranianos está em Curitiba, com aproximadamente 3% da população local, mas, em termos proporcionais, Prudentópolis (Centro-Sul) possui 75% de sua população local com ascendência ucraniana.

Memorial Ucraniano em Curitiba | Foto: Reprodução/SMMA
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