A final da Libertadores entre Palmeiras e Santos, que será disputada neste sábado, às 17h (de Brasília), no Maracanã, não possui um favorito. Pelo menos é isso que acredita Abel Ferreira, treinador do Verdão. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o português minimizou a diferença entre os investimentos financeiros dos rivais e afirmou que ambos entrarão iguais na decisão.
“Em relação as gestões financeiras do clubes, é uma responsabilidade que não é dos treinadores ou dos jogadores. Você tem que perguntar para as administrações e perceber por que um clube está de um jeito e outro está de outro. Os meus pais sempre ensinaram que só poderia gastar aquilo que tinha e não o que não tinha”, disse.
“Desde que cheguei, só fizemos uma contratação, que foi o Breno (Lopes). Fomos buscá-lo na Série B e tem sido um jogador muito utilizado. Há três meses, estava na Série B e vai disputar a final da Libertadores. É o que posso dizer sobre os orçamentos, investimentos e tudo isso. Quem joga e decide são os jogadores, dentro das quatro linhas. Estamos todos em igualdade, são 11 contra 11, mais cinco (substituições). Portanto estamos todos no mesmo pé de igualdade”, completou.
Abel também destacou que não pensa sobre as ações do Alviverde no mercado de transferências e garantiu que sua equipe está pronta para a partida histórica.
“Eu nem penso nisso, não sei quanto o Palmeiras gastou, se não gastou, se contratou. Isso não sou eu que controlo. O que eu sei é que amanhã temos uma oportunidade, que trabalhamos muito para chegar até aqui, nos preparamos. Posso dizer que estamos prontos. Não posso dizer o que vai acontecer no final, não sou mágico. Mas sei que nós sabemos o que temos de fazer. Essa é a nossa confiança, nossa certeza. É isso que vamos procurar, desde o primeiro segundo até o último, por em prática o que sabemos fazer, que é jogar futebol no mais alto nível”, assegurou.
O português ainda rasgou elogios a Cuca, técnico do Santos. O comandante do Palmeiras, no entanto, não quis se comparar com o rival de sábado por conta da diferença entre os tempos de carreira.
“Em relação ao Cuca, é difícil comparar um com 57 e outro com 42. O trajeto dele no Brasil fala por ele. Treinou grandes clubes aqui, inclusive o Palmeiras. Conhece muito bem o Campeonato Brasileiro, é um grande treinador. Tem um currículo muito grande”, afirmou.
Além de garantir a segunda Libertadores do Palmeiras, a final no Maracanã também pode fazer com que Abel Ferreira conquiste seu primeiro título na carreira como treinador. Apesar de desejar o troféu, o jovem técnico disse que foi contratado pelo Verdão por outra razão.
“Eu estou atrás de fazer aquilo que sempre fiz, que sou apaixonado. Não sei se vou ter 50 títulos, um ou três. O que mais me encanta e me satisfaz é chegar ao fim de uma temporada e sentir que ajudei os meus jogadores a serem melhores. Essa é a minha missão como treinador, valorizar espetáculo, jogador e clube. Foi por isso que vim para o Palmeiras, não foi por causa dos títulos, até porque não tenho nenhum. Foi o que me trouxe até aqui, planear minha ideia de jogo para valorizar os jogadores e o clube. Se chegar ao final, e é para isso que aqui estou, e conseguir juntar um primeiro título de uma Libertadores, será muito bom. Para isso que eu trabalho todos os dias com os meus jogadores”, concluiu.