A delegação do Boca Juniors passou a madrugada desta quarta-feira na delegacia por conta do conflito no Mineirão após a partida contra o Atlético-MG pela Libertadores O grupo xeneize ficou na Central de Flagrantes 4 (CEFLAN 4) da Polícia Civil.
Com isso, o voo da equipe para Buenos Aires que estava marcado para terça-feira, às 23 horas (de Brasília), teve que ser cancelado. A delegação do Boca não foi liberada da delegacia até a manhã desta quarta.
Segundo o Atlético-MG informou em seu Twitter, a delegação argentina foi à delegacia para registro de boletim de ocorrência por depredação de patrimônio e agressão. O plano inicial era que apenas as pessoas envolvidas diretamente com o tumulto tivessem que se deslocar, mas o técnico Miguel Ángel Russo fez questão que toda delegação se dirigisse à delegacia. Até o momento, ninguém do Boca foi detido.
Após o jogo, os atletas do Boca desceram o túnel e foram para o vestiário dos visitantes. Poucos minutos depois, jogadores e comissão técnica da equipe argentina saíram do local e, em bloco, partiram em direção ao vestiário dos árbitros.
— Atlético ? (@Atletico) July 21, 2021
Segundo a PM, os envolvidos nos atos de vandalismo foram: o goleiro Javier Garcia, os zagueiros Carlos Zambrano, Carlos Izquierdoz e Marcos Rojo, o atacante Sebastián Villa, o preparador de goleiros Fernando Gayoso, o auxiliar Leandro Somoza e o dirigente Raul Cascin.
A previsão de horário do novo embarque do Boca para Buenos Aires é incerta, mas a expectativa é que a delegação consiga sair de Belo Horizonte no período da tarde. Com isso, a diretoria xeneize já se movimenta para buscar o adiamento da partida contra o Banfield, do sábado, pelo Campeonato Argentino.
Logo após o jogo entre Galo e Boca, no Mineirão, um tumulto foi gerado na parte interna do estádio. Imagens gravaram conflitos entre a delegação do Boca com funcionários do estádio e seguranças. Os relatos constam que os argentinos buscaram invadir o vestiário do Atlético e a Polícia Militar teve que ser acionada com gás de pimenta.
“Jamais presenciei coisa parecida no futebol. Infelizmente atletas, comissão técnica e diretoria do Boca entraram em um espaço que não era deles. Se não fosse a segurança particular do Galo, coisa pior teria ocorrido. Por muito pouco não aconteceu pior”, chegou a dizer o diretor executivo do Atlético-MG, Rodrigo Caetano, em entrevista à ESPN.