Athletico esbarra em erros individuais na derrota para o Santos

Publicado em 17 ago 2020, às 10h31. Atualizado em: 18 ago 2020 às 14h54.

A primeira derrota do Athletico no Campeonato Brasileiro aconteceu ontem, pelo placar de 3 a 1 para o Santos na Vila Belmiro. O tabu se mantém: a equipe paranaense nunca venceu por lá no torneio nacional, e o único triunfo veio há cerca de 15 anos, pela Libertadores. 

Ontem, a equipe conseguiu se manter taticamente estável com o auxiliar Lucas Silvestre na beira do gramado. Como era esperado, a equipe atuou de forma muito semelhante aos jogos sob o comando de Dorival Júnior, que testou positivo para o COVID-19 e deve permanecer em isolamento pelas próximas semanas.

Desde o início da partida, os índices de posse de bola chamaram a atenção: o Athletico manteve mais de 70%, o que mostrava claramente as estratégias dos dois treinadores. Enquanto o Furacão proporia o jogo, o Santos iria para os contra-ataques e as bolas de oportunidade.

Porém, nesse momento faltou o poder de finalização, especialmente por parte de Vinícius Mingotti. As decisões equivocadas do jovem centroavante impediram o primeiro gol do Athletico por pelo menos duas oportunidades na primeira etapa. Mesmo assim a bola chegava e os lances ofensivos apareciam, principalmente pelas pontas com Nikão e Vitinho.

O ponto de virada da partida foi o primeiro gol do Santos. Em falha na saída de bola, Lucas Halter passou errado e entregou uma jogada fácil para Marinho cruzar e Soteldo jogar para o fundo das redes. Gol na conta do zagueiro athleticano, que vinha bem em partidas anteriores, mas fez possivelmente o seu pior jogo como profissional.

O Athletico sentiu o gol, e ainda na primeira etapa Marinho passou com muita tranquilidade por Abner para fazer o cruzamento que chegou em Felipe Jonathan. Em um chute de rara felicidade, o Santos abria 2 a 0. 

Os números da primeira etapa refletem o que era a partida até então: seis chutes do Athletico, nenhum na direção do gol. Somente quatro chutes do Santos, dois na direção do gol e dois gols.

Para o segundo tempo, Silvestre mudou praticamente todo o sistema ofensivo do Furacão, aproveitando-se das cinco substituições possíveis. Ao longo da etapa complementar saíram Nikão, Marquinhos Gabriel, Vitinho e Mingotti. No lugar deles, jogadores que buscam espaço no Furacão, como Pedrinho e Geuvânio.

No geral o segundo tempo teve um ritmo mais lento, já que o Santos parecia controlar o jogo e se apoiar no resultado positivo. Um lançamento despretensioso virou jogada do terceiro gol após mais uma falha de Halter, que calculou mal o salto para interceptação da jogada. Marinho, oportunista que é, não falhou: 3 a 0 e mais um gol na conta do jovem zagueiro.

Mas antes do fim da partida fica uma boa perspectiva para o torcedor: Geuvânio. Estreando com a camisa do Athletico, ele criou a jogada do gol de honra em uma bela infiltração pela direita e cruzamento para Abner.

Num resumo, o jogo foi marcado pela qualidade de decisão dos jogadores do Santos, justamente a característica que falta em alguns atletas do Furacão, seja pela falta de experiência ou dificuldades técnicas. 

Destaques positivos: Vitinho, Nikão, Geuvânio
Destaques negativos: Marquinhos Gabriel, Lucas Halter, Carlos Eduardo

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