Autuori lembra de veto do Santos ao Goiás por Cueva e não descarta permanência de Gustavo Henrique
Superintendente de futebol do Santos até dezembro, Paulo Autuori lembrou em entrevista coletiva nesta terça-feira do veto da diretoria ao empréstimo de Cueva no Goiás, em setembro.
A lembrança ocorre por causa do “pedido” do presidente José Carlos Peres pela escalação do peruano, atualmente fora dos planos do técnico Jorge Sampaoli.
“Problema do Cueva é ultrapassado, não sei o motivo de vir à baila. Até porque departamento de futebol em algum momento conseguiu, com a anuência do jogador, ele ser emprestado no futebol brasileiro, jogar e valorizar o ativo, e isso não foi aceito na altura. E logo depois aconteceu aquele problema. Isso poderia ser evitado, poderia jogar 90 minutos em vários jogos. Jogador precisa jogar. Jogador sabe e todos sabem aqui dentro sobre a possibilidade. E foi negada a possibilidade. Assunto morto. Só uma pessoa pode colocar ou tirar, é o treinador. Vou defender até a morte. Fui treinador até ano passado e jamais admiti interferência na liberdade do técnico”, disse Autuori.
“Cueva está definido, dentro das ideias do Sampaoli ele não está envolvido. Não está nos planos da comissão técnica e falei que é problema do clube”, completou.
Paulo Autuori também comentou sobre a situação de Gustavo Henrique. O zagueiro tem contrato até fevereiro de 2020 e não deve renovar. O presidente José Carlos Peres disse, em entrevista ao jornal “A Bola”, que o atleta escolheu ir para o Porto (POR). O Sporting também tem interesse.
“Tenho repetido as coisas, há situação real sobre a possibilidade dele sair. Há uma tentativa de tentar a permanência. E somente ele vai ser responsável pela decisão a tomar. Jogador com muitos anos no clube, renovou por três vezes, não preciso dizer mais nada. É significativo. Não é por isso que não reconhece tudo que o clube fez por ele e faz por outros jogadores. O que nós queremos dentro da realidade da minha participação é que o clube passe a valorizar os jogadores oriundos da formação. Não só quem vem do mercado, mas se tivermos controle do desenvolvimento deles, comportamental deles ao longo da sua vida dentro do clube, clube tem obrigação de valorizar esses jogadores. Não é no aspecto financeiro apenas, mas na vida no clube. É fundamental que tenhamos essa ideia e que os jogadores sejam os primeiros a dizer que ali se pode iniciar a carreira e ser reconhecido no clube, sem precisar ter vontade de sair para ser valorizado”, afirmou o superintendente.