Mauro Boselli iniciou 2020 como titular do Corinthians, à frente de Vagner Love, na preferência do técnico Tiago Nunes depois de uma temporada de altos e baixos e adaptação complicada sob o comando de Fábio Carille, em 2019.
Agora, com a chegada de Jô, a situação do argentino na equipe do Parque São Jorge deve mudar completamente. Não são poucos os fatores que prometem trazer dificuldade para o camisa 17 manter sua posição.
O que Jô tem que pesa contra Boselli:
-Jô é revelado pelo próprio clube.
-Já foi protagonista em títulos.
-Tem status de ídolo, principalmente, entre os mais novos.
-Chega para ganhar o teto salarial.
-O contrato vai até o fim de 2023.
-Foi pedido pelo técnico Tiago Nunes.
-Só joga como centroavante.
-É mais alto
Ou seja, caso a nova contratação corintiana não seja uma verdadeira decepção em campo neste retorno, é difícil imaginar Jô no banco de reservas.
Isso deve influenciar diretamente na decisão do clube sobre a permanência ou não de Boselli.
O vínculo se encerra em dezembro deste ano e os dirigentes alvinegros têm adotado o discurso de que este não é o melhor momento para tratar sobre uma renovação.
A Gazeta Esportiva apurou que, a princípio, não faz parte dos planos do Corinthians manter para 2021 dois centroavantes acima dos 33 anos, ambos com salários altos. Nesta dividida, Boselli sobraria.
Entretanto, 2020 é um ano eleitoral. De saída, Andrés Sanchez pode deixar essa decisão para o próximo presidente, a ser escolhido em 28 de novembro.
E como futebol está longe de ser uma ciência exata, ninguém pode garantir que o gringo não seguirá sendo fundamental para o Corinthians, mesmo com Jô no elenco.
O que pode pesar a favor de Boselli:
-Jô não entra em campo há pouco mais de sete meses
-Em 2019, Jô marcou apenas oito gols em 37 partidas pelo Nagoya Grampus-JAP
-Boselli foi responsável por 6 gols e 2 assistências em 2020
-Jô tem 33 anos (dois a menos que Boselli) e pode não suportar uma sequência tão pesada de jogos com o calendário reduzido em função da pandemia do coronavírus
-Dos atuais titulares, Jô jogou apenas com Cássio e Fagner em 2017.
-Filosofia de jogo mudou completamente com a troca de Carille, com que Jô trabalhou, por Tiago Nunes
Como o treinador corintiano gosta de salientar, ninguém tem cadeira cativa e o desempenho em campo é o fator determinante para as escalações. Sem previsão para o reinício do Campeonato Paulista, a disputa pela titularidade começará a partir de 1º de julho, quando o elenco voltará a treinar no CT Joaquim Grava.
Se em 2017 Jô chegou sob forte desconfiança, agora a expectativa é alta. Há três anos, o inglês naturalizado turco Colin Kazim-Richards não conseguiu desbancar Jô. Dessa vez, a cria do Terrão terá de superar outro gringo, este com mais repertório e bagagem.