Coelho revela grupo chateado e pede mudança de comportamento no Corinthians
Dyego Coelho deve comandar o Corinthians até o fim do Campeonato Brasileiro, caso Tiago Nunes não mude de ideia e aceite assumir o time a partir dessa semana, depois que assinar contrato com o clube.
Por isso, nessa terça-feira, o clube colocou o interino para falar no CT Joaquim Grava. Ex-lateral e criado nas categorias de base do Corinthians, Coelho vinha à frente da equipe Sub-20 e se colocou à disposição para “o que o clube precisar”.
“Eu sou funcionário do clube. Vou fazer o que me pedirem para fazer. Todo treinador sonha em chegar em um time grande. Já tenho responsabilidade grande no sub-20. Quem sabe um dia serei o treinador realmente do Corinthians. Tenho 36 anos, não sei tudo. Tenho que me preparar para isso. Estamos fazendo boas campanhas, mas preciso me preparar mais para chegar a um clube como esse”, avisou, feliz com a tendência de Tiago Nunes assumir o time.
“Muito agressivo, compactação muito forte. Vai buscar a bola no tiro de meta dos caras. Passe para lateral, time dele consegue fazer isso, e isso leva tempo para fazer. Deu para perceber que o time dele sabe o que quer dentro de campo. Transição agressiva, muito bacana de ver”, analisou Coelho, já preparando seu sucessor sobre o que terá pela frente.
“Encontrei um grupo preocupado. Estão chateados com a situação. Conversei com alguns, o treino que fizemos mostra o que eu pedi para eles. Encontramos grupo chateado, vindo de um jogo chato. Mas passou, são grandes jogadores, são homens. Precisam ser respeitados aqui dentro. Estão com vontade de dar a volta por cima”, explicou.
“”A grande mudança é comportamental. Precisa mudar o mais rápido possível. O comportamento te dá algumas situações que você precisa mudar, dentro de campo. Perdeu a bola, tem que ter comportamento. Falta um comportamento melhor. Treinamos ontem e já deu para perceber mudança”.
Apesar da ciência de que não será efetivado e até de não ter tal pretensão nesse momento, Coelho será cobrado para levar o time à vaga na Libertadores da América. Nada que o assuste.
“Eu não preciso virar a chave. Estou no clube há mais de 20 anos. Conheço a pressão, sei o que a torcida quer, o que os jogadores precisam fazer para trazer a torcida de volta. Conheço bem o clube”, avisou, quase sem voz.
“Se no treino foi assim, imagino no jogo”, brincou. “Peguei pesado ontem. Mas temos que trabalhar, cobrar. Não tem jeito. Rouquidão faz parte”.