Nesta quinta-feira, a Polícia Federal (PF) prendeu a boliviana Celia Castedo Monasterio, responsável pela análise e aprovação do plano de voo do avião que transportava a equipe da Chapecoense em novembro de 2016, quando a queda da aeronave causou a morte de 71 pessoas.
Celia é acusada de ter deixado de analisar procedimentos mínimos para a autorização do voo, de forma fraudulenta. O plano de voo assinado por ela demonstra que o piloto do avião da Lamia decolou sem combustível suficiente para evitar imprevistos.
Segundo o portal G1, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, determinou a extradição de Celia. Na sentença, o juiz disse que a controladora é “procurada pela Justiça Boliviana para responder pela suposta prática do crime de atentado contra a segurança do espaço aéreo”.
Desde 2016, Monasterio residia em Corumbá, no Mato Grosso do Sul e teve seu contrato de refúgio renovado, alegando ser perseguida na Bolívia devido às declarações sobre o acidente de 2016.
A PF afirmou que Celia permanecerá em Corumbá, onde aguarda os trâmites legais para sua deportação. A defesa da boliviana informou que “está tomando ciência sobre o pedido de extradição para saber qual medida tomar para garantir a permanência dela no Brasil”.
O acidente e a final da Copa Sul-Americana
Em 29 de novembro de 2016, um avião, com 77 pessoas, incluindo equipe da Chapecoense e jornalistas, saiu de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín, na Colômbia. Contudo, a aeronave caiu e matou 71 pessoas.
A equipe catarinense viajava com o intuito de disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional. No dia 5 de dezembro, a Conmebol aceitou o pedido do clube colombiano e declarou a Chape campeã do torneio.