Cuca vive no limite no Santos. Intenso e preocupado além dos treinamentos e jogos, o técnico se sente cansado e o trabalho nem parece ter começado há apenas cinco meses.

Esse é um dos motivos para o treinador não negociar a renovação do contrato a se encerrar no fim de fevereiro. A ideia é pensar apenas na final da Libertadores da América contra o Palmeiras neste sábado, no Maracanã (e o possível Mundial).

“Não é fácil, cara. Só quem está dentro do contexto sabe o que eu passo. A dificuldade… É cansativo, muito cansativo”, disse Cuca, em entrevista à Gazeta Esportiva.

“Os dois. Adrenalina é gostosa, mas cansaço vem e vem forte. Nossa responsabilidade é muito grande. Temos nos nossos ombros a representatividade de milhões de torcedores. É muita coisa. Fazemos alegria ou tristeza de milhões”, completou.

O técnico de 57 anos entende que esse é o trabalho de maior participação extracampo.

“No Galo, quando fizemos reformulação de 19 atletas, participei diretamente com Maluf e Kalil. Mas lá havia estabilidade financeira maior, sem problemas de contratações. Foi mais dispensar e jogar aberto. Aqui foi mais desgastante por causa dos atrasos. Tem que administrar no dia a dia, cada um tem uma necessidade. E fizemos muito bem isso, todo mundo ajudou”, afirmou.

Cuca também respondeu se tem medo de ser vice-campeão para o Palmeiras e o torcedor desvalorizar toda a trajetória.

“Uma parte entende, outra não por ser passional. Torcedor é meio razão e meio paixão. E temos que conviver com isso”, concluiu.