Jô assinou contrato com o Corinthians até o fim de 2023, mas, além do salário, o centroavante receberá, a partir de 2021, também um pagamento mensal referente a uma dívida do clube com o atleta.
“Tínhamos um compromisso passado com o Jô que renegociamos para pagar durante o contrato dele”, revelou Matias Ávila, diretor financeiro do clube paulista, em entrevista à Fox Sports, na tarde desta sexta.
“Não é por isso que o contrato é de três anos e meio. Mas, durante um tempo, nós vamos pagar o salário e parte da dívida que tínhamos com o Jô, a partir de janeiro”.
Dívida por Bruno Méndez
O dirigente também falou sobre as parcelas em atraso com o Montevideo Wanderes, do Uruguai, sobre a compra de Bruno Méndez. A Fifa deu até o dia 22, próxima segunda-feira, para o Corinthians quitar as pendências. Do contrário, o Timão pode ser proibido de inscrever novos jogadores, o que influenciaria justamente em Jô.
“Vamos pagar o plano de saúde na terça-feira e vamos pagar o Wanderes também na terça-feira. Esses são os dois compromissos imediatos que nós temos”, disse, sem se mostrar preocupado em ultrapassar em um dia o prazo dado pela Fifa.
“Devemos pagar na terça, não está no prazo, estamos em contato com eles, não temos problema com esse assunto”.
A compra do zagueiro gringo vai custar, ao todo, cerca de R$ 18,5 milhões ao Corinthians.
Novas receitas com patrocínios
Por causa da paralisação do futebol em reflexo a pandemia do coronavírus, o Corinthians perdeu dois parceiros que estampavam suas marcas na camisa alvinegra: a Joli, empresa de materiais de construção, e a MarjoSports, do ramo de tecnologia e mercadorias esportivas.
Para recompor o espaço das mangas, o Corinthians tem tudo alinhado com a Galera, empresa recém-aberta no Brasil e que age no ramo de apostas. O contrato terá um valor fixo mínimo e poderá ter a receita elevado para o clube, dependendo da adesão dos torcedores, conforme revelou a Gazeta Esportiva, com exclusividade.
Para a barra inferior traseira da camisa, outra parceria está em fase final de conclusão. O nome da empresa ainda é mantido em sigilo.
“Nós renegociamos as partes da camisa por dois parceiros que foram embora e aumentamos em quase R$ 8 milhões a camisa, mas isso é um dinheiro que está entrando agora”, explicou.
“Passamos a camisa de 72 para 78 milhões. Já entrou alguma coisa esse mês”, completou, antes de lembrar que o BMG é responsável por R$ 12 milhões anuais de todo o montante.
Dívida por Jucilei
Matias Ávila também defendeu que a dívida contraída com a J.Malucelli por causa da ausência de repasse do dinheiro pela venda de Jucilei, em 2011, não é de aproximadamente R$ 25 milhões, como dizem as ações judiciais.
“Pagamos R$ 2 milhões dos R$ 15 e estamos devendo R$ 13 (milhões), que estamos repactuando com eles. Eles entraram na Justiça porque nós deixamos de pagar o pacto feito em dezembro do ano passado, mas estamos negociando, mas não é R$ 25 milhões. Claro que quando entra na Justiça coloca multa, juros, coloca o total, mas depois a gente acaba acertando”.
Segundo o cartola, o Corinthians pretende pagar “R$ 1 milhão por mês durante 15 meses”.
Só Pedrinho não adianta
Depois de vender Pedrinho e Andrés Luis, o Corinthians agora espera fazer mais dinheiro com outros atletas. Jogadores como Mateus Vital, Carlos e até Piton receberam sondagens e o clube paulista aguarda a abertura das janelas para tentar concluir alguma venda.
“Evidentemente, o Corinthians vai precisar vender mais um ou dois jogadores. Já vendemos o Andrés Luis e o Corinthians tem algo em torno de R$ 100 milhões para colocar a casa em dia”.