A Copa do Brasil de 2021 conta com o maior número de times do Nordeste classificados para as oitavas de final em toda a história. Ao todo, seis equipes da região (ABC, Bahia, CRB, Fortaleza, Juazeirense e Vitória) conseguiram avançar para o grupo de 16 times que ainda disputam a competição nacional.
Um dos motivos, segundo os dirigentes de clubes da região, é a Copa do Nordeste, torneio que ocorre em paralelo aos campeonatos estaduais.
“O alto nível da Copa do Nordeste está sendo confirmado nos campeonatos nacionais. É exigido demais dos clubes, assim fazendo uma preparação, até uma pré-temporada, de muita qualidade. No caso do Bahia, conseguimos fazer o Campeonato Baiano com nossa equipe de transição, com convicção da diretoria, levando a competição regional com foco principal”, analisou Júnior Chávare, gerente de futebol do Bahia, atual campeão da competição.
Além dos triunfos dentro de campo, a classificação rendeu aos clubes mais R$ 2,7 milhões em premiações da CBF.
“Além do alto nível do torneio, a ascensão se deve aos clubes estarem buscando equilíbrio financeiro. São gestões que tem como meta equalizar a questão financeira e administrativa para que o dentro do campo aconteça com grande destaque”, completou Chávare.
O presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, também deu sua opinião sobre o número de clubes nordestinos avançando na Copa do Brasil.
“Os resultados esportivos não são por acaso, tudo isso é fruto de muito trabalho, investimento na região e de um povo que é apaixonado por futebol. Nos últimos anos, o Nordeste conseguiu manter pelo menos quatro equipes na elite do futebol brasileiro. É um processo que está se consolidando e agora estamos vendo os resultados nesta edição da Copa do Brasil”, disse.
“A Copa do Brasil é referência pelos seus valores de premiação em cada fase, e, atualmente, qualquer clube precisa de entrada no caixa. Mas, mesmo com a importância significativa nas premiações, ela é ainda secundária em relação a importância desportiva, porque o que o clube busca é cada vez mais se consolidar no cenário competitivo nacional”, analisou Marcelo Paz.