Em primeira coletiva no Corinthians, Du Queiroz não escolhe posição para jogar
Du Queiroz concedeu sua primeira entrevista coletiva como jogador profissional do Corinthians. Na manhã desta quarta-feira, o jogador de 21 anos não escondeu a ansiedade, mesmo que para um bate papo virtual com os jornalistas.
“Ontem, quando o Olavo (assessor) falou que eu ia fazer a entrevista, confesso que no carro, ali no trânsito, eu fui ensaiando, não teve jeito, é mais fácil jogar com 50 mil pessoas do que falar aqui com vocês (risos)”.
Na 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, Du estreou na lista de relacionados quando poucos imaginavam.
“Teve alguns treinos integrados, sempre tem, e nesses treinos eu estava indo bem, dando meu máximo, porque eu queria muito essa oportunidade. E antes de um jogo, contra a Chapecoense, Sylvinho me chamou e disse que eu ia para o jogo, e eu acredito que soube agarrar da melhor maneira possível. Na minha vida nada foi fácil e no futebol não é diferente, acho que eu soube agarrar a oportunidade”.
A estreia aconteceu contra o Athletico-PR, na 17º rodada. De lá para cá, foram 12 atuações, quatro delas como titular, e em quatro funções diferentes. Com Sylvinho, Du já atuou nas duas lateral e como primeiro e segundo homem de meio-campo.
“Eu cheguei como lateral direito, com 13 anos, e eles me falaram que viam característica de volante em mim, então, a partir daí, até 15 (anos) eu comecei a jogar de volante, mas nunca perdi a essência de lateral, tenho essa sabedoria, e daí em diante foi mais volante”.
Questionado sobre a posição preferida, Du, apesar da pouca experiência nas entrevistas, se esquivou na resposta.
“Como eu disse, eu comecei minha base como lateral, sou volante, mas estou à disposição do treinador, estou aqui pra ajudar, consigo discernir, sei fazer as duas. Onde precisar, onde ele quiser me colocar, vou estar à disposição”.
Nessa quinta-feira, contra o Ceará, fora de casa, Du deve começar jogando mais uma vez.
Veja outros trechos da entrevista coletiva da revelação corintiana:
Dentro e fora de casa
“A gente sabe da dificuldade que é jogar fora de casa. Jogar em casa é bom porque tem a presença da nossa torcida, que é um homem a mais, praticamente, mas a gente sabe do nosso trabalho, da construção que está sendo. Jogar lá no Ceará vai ser difícil, mas a gente trabalhou para isso, a gente está trabalhando para que em todos os jogos fora de casa a gente se saia bem”.
Paulinho e Elias como referências
“Não tem como não ter eles como referências, a maioria foi ídolo no clube, eu sou novo, estou procurando aprender ainda, preciso melhorar muito no profissional e me inspiro muito neles, sim”.
Renato, ídolo de 2015
“Renato é um cara excepcional, tanto dentro quanto fora de campo, é meu amigo, me ajuda muito, lembro que eu estava no sofá de casa assistindo ele e hoje estou ao lado dele, me ajuda demais, falo com ele direto, sei que ao lado desses caras eu tenho muito para crescer”
Meta do time
“Nossa meta é ganhar a vaga direta à Libertadores, a gente conseguiu chegar no G4 agora, o mais difícil é manter, mas estamos preparados, são jogos difíceis, vamos até o último jogo, nosso foco é Libertadores, creio que vamos conseguir”.
Comparação com Varanda
“Eu posso falar por mim. Na primeira oportunidade que eu não tive, continuei trabalhando, a base do Corinthians é uma vitrine e eu continuei trabalhando até ser chamado. A vida dele foi difícil, como a minha, como a de todos aqui. São destinos, são coisas diferentes”.
Times da parte de baixo e da parte de cima
“Futebol brasileiro, todos os jogos são difíceis, time de ponta, time de baixo, a gente sabe que não vai ser fácil, acho que não diferencia pegar time de baixo ou de cima, temos de fazer nosso papel, sair com a vitória e conquistar a vaga à Libertadores”.
Ensaio no carro
“Eu sabia que ia ter a pergunta da Libertadores, e foi aquele ensaio que a gente faz no espelho, essas coisas. Lá é mais fácil (risos)”.