Em semana decisiva pela “unanimidade” Sampaoli, Santos tenta separar política do futebol
O Santos tenta separar a política do futebol em semana decisiva pela permanência do técnico Jorge Sampaoli na próxima temporada.
O superintendente Paulo Autuori quer aproveitar os dias livres antes do clássico contra o São Paulo, sábado, na Vila Belmiro, para terminar de apresentar o projeto de 2020 para Sampaoli.
Autuori tenta saber a decisão de Jorge Sampaoli com antecedência para não comprometer a preparação do Peixe. O treinador, porém, deve esperar pelo fim do Campeonato Brasileiro.
Enquanto isso, o Alvinegro procura separar a política do futebol. Com o presidente José Carlos Peres suspenso, o vice Orlando Rollo retornou e o conflito entre os mandatários foi retomado.
“Vindo para Santos (na última segunda-feira) passei no CT para conversar com Autuori. Está muito tranquilo. Fiz até um pedido para que isso não chegasse até os jogadores. Portões estão trancados, evitamos acesso. Até para evitar qualquer tipo de perda de foco. Nessa semana o Paulo (Autuori) terá reunião com Sampaoli para definir situação dele e talvez eu até participe. Se ele achar necessário, vou com maior prazer”, disse Peres, em entrevista coletiva.
Neste ponto, Peres e Rollo concordam. O vice-presidente também tratou de demonstrar apoio a Sampaoli.
“Esse tipo de problema político acontece em quase todos os grandes clubes, infelizmente. O sistema associativo na maioria dos clubes impõe essa normativa. Mas quero tranquilizar os santistas. O futebol está blindado. Entramos em contato com a direção de futebol e passamos que esse problema é da parte administrativa, não havendo qualquer ingerência, de minha parte, no futebol. Passei que o Sampaoli poderia continuar seu belo trabalho. Sou fã do futebol do Sampaoli e quero que ele fique. O departamento de futebol está blindado”, afirmou Orlando Rollo.
De folga na última segunda, Jorge Sampaoli tratou de buscar informações sobre a turbulência política. O treinador teve dificuldade de entender o litígio entre Peres e Rollo e não quer se envolver. O argentino evita contato com a direção e tem Autuori como porta-voz.