O São Paulo volta a campo nesta quinta-feira pela Libertadores. Do outro lado, um velho conhecido e peça-chave para a última conquista tricolor da América, há 15 anos.
Em 2005, a equipe de Paulo Autuori encarou o River Plate nas semifinais. Donos da melhor campanha da fase de grupos, com cinco vitórias e um empate, os argentinos tinham o direito de decidir a classificação em Bueno Aires e visitaram o Morumbi pelo jogo de ida.
Com 61.078 torcedores nas arquibancadas, o São Paulo se impôs dentro de casa e venceu por 2 a 0, com gols de Danilo e Rogério Ceni, ambos no segundo tempo.
“A gente sabia que o River tinha um grande time e que precisávamos conseguir uma boa vitória dentro de casa para termos um jogo mais tranquilo fora. Fizemos um bom resultado, 2 a 0, muito difícil de ser revertido”, relembrou Luizão à Gazeta Esportiva.
“A rivalidade era muito grande. A gente sabe que River, Boca são times de tradição na Libertadores. Tem camisa, peso, é difícil ganhar deles; pela catimba e pelo time bom também que eles tinham. Mas nosso time também estava preparado. Acho que a vitória aqui foi fundamental”, disse Danilo à Gazeta Esportiva.
Eliminando o River, o São Paulo também eliminou o principal candidato ao título, com meio-campo estrelado formado por Lucho González, Mascherano, Zapata e Gallardo – atual treinador; e a dupla de ataque Salas e Farías.
“Eu já tinha eliminado o River duas vezes, pelo Vasco e pelo Grêmio. Sabia que não era um bicho de sete cabeças. É um time que você tem que respeitar, mas que dá para jogar de igual para igual. A Libertadores é uma competição em que você tem que errar o mínimo possível. Com um erro, você acaba ficando fora”, ponderou Luizão.
Sem o adversário mais temido, o time de Autuori seguiu para bater o Athletico-PR na decisão, com empate por 1 a 1 no jogo de ida no Beira-Rio e goleada por 4 a 0 no Morumbi para sacramentar o tricampeonato.
Ponto de virada
Se antes do duelo o São Paulo levava a pior no retrospecto do confronto, com uma vitória, três empates e quatro derrotas, o cenário mudou radicalmente a partir do duelo no Morumbi.
Desde então, foram cinco encontros entre as equipes, com três vitórias são-paulinas e dois empates – contando duelo pela Copa Flórida em 2017. Na Libertadores, o último encontro foi a vitória por 2 a 1, no Morumbi, pela 5ª rodada da fase de grupos de 2016.