O presidente Julio Casares concedeu uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira para justificar a demissão do técnico Fernando Diniz. O mandatário, que já chegou a garantir a permanência do treinador independentemente dos resultados desta reta final de temporada, optou pela demissão do profissional pela falta de perspectiva de reação do elenco, que ainda não venceu em 2021 e acabou despencando da liderança para a quarta colocação na tabela do Campeonato Brasileiro.
“Nós continuaríamos [com o Fernando Diniz], essa era a nossa intenção, mas assumimos em um momento atípico, por causa da pandemia ficamos sem condições de pré-temporada. Temos que preparar o São Paulo para os próximos campeonatos de 2021. A decisão foi voltada para essa questão dos resultados, dos 18 pontos disputados conseguimos apenas dois”, afirmou Casares.
“Aí não há uma visão de culpa, mas é uma decisão planejada, faltou perspectiva de reação. Após o duro resultado contra o Inter, fizemos uma reunião para aguardar uma reação contra o Coritiba, mas o resultado não veio. Éramos para estar fazendo hoje o início de uma atividade precedendo uma pré-temporada, isso não aconteceu. Temos que fazer o planejamento para o futuro, portanto, a decisão teve de ser tomada agora. Nós temos cinco rodadas e acreditamos que o planejamento tem de ser feito, pensar em uma reação futura no próximo calendário”, completou.
O presidente são-paulino também comentou sobre a saída de Raí. O ídolo tricolor havia acordado em exercer o cargo de diretor-executivo de futebol até o fim do Campeonato Brasileiro, mas optou por antecipar seu desligamento e deixar o clube junto com Fernando Diniz.
“O Raí não só é um grande ídolo como uma pessoa muito correta. Ele, por decisão própria, decidiu acompanhar o Diniz, mas a decisão foi dele, o deixamos à vontade. Ele, numa atitude pessoal, colocou o desejo de também sair, mas reconhecemos o trabalho que ele fez”, disse Casares.
O auxiliar técnico fixo do São Paulo, Marcos Vizolli, será o responsável por comandar a equipe enquanto a diretoria trabalha para escolher um novo treinador. Questionado sobre prazos para a vinda do substituto de Fernando Diniz, Julio Casares preferiu não cravar.
“O Vizolli vai trabalhar, independentemente de prazo. A questão de mercado andará simultaneamente com os profissionais, com as pessoas que devem tomar essa decisão”, concluiu.