A edição deste domingo do programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, contou com a participação ao vivo do técnico Lisca, do América-MG. Entre outros assuntos, o comandante do Coelho falou sobre a classificação diante do Corinthians nas oitavas de final da Copa do Brasil.
“O América já tinha projeto de time desde o ano passado, quando o Felipe (Conceição) era treinador. A gente tinha coletivo forte e poderia neutralizar o Corinthians, era um processo natural. Primeiro jogo neutralizamos, mas não conseguimos colocar o padrão. No segundo, sim, acho que conseguimos”, declarou.
“Quando se enfrenta um gigante precisa elevar nosso nível, desempenho e concentração. Foi merecido, o América não se intimidou e não ficou retrancado”, acrescentou o treinador, que brincou e mandou um “grande abraço” ao comentarista e ex-jogador Vampeta.
Lisca também comentou a provocação que fez ao final do jogo em Belo Horizonte, que confirmou a vaga para o América-MG. O técnico fez referência ao retrospectivo recente positivo diante do Timão. Nas últimas quatro vezes que encontrou o Alvinegro, o treinador, por equipes diferentes, conseguiu três triunfos, além do empate que lhe garantiu a classificação.
“Foi para desviar foco e valorizar um pouco nosso trabalho. Ficou parecendo que foi zoação, mas não foi. Muitas vezes o trabalho não aparece, foi para chamar atenção. Se alguém se sentiu ofendido, peço desculpas”, explicou.
Ele ainda falou sobre a procura do Cruzeiro, que recebeu um “não” do comandante do Coelho para a proposta de substituir Ney Franco antes do acerto com Luiz Felipe Scolari. Lisca negou que Felipão tenha sido a segunda opção da Raposa após sua recusa.
“Os caras falarem que o Felipão foi segunda opção do Lisca? Estão de brincadeira. Ele sempre foi primeira opção. Se conversaram com outros técnicos é porque inicialmente ele não aceitou”, disse.
Para completar, Lisca opinou sobre o espaço que os técnicos estrangeiros atualmente possuem no futebol brasileiro. O gaúcho minimizou a questão e ainda rasgou elogios ao argentino Jorge Sampaoli, comandante do Atlético-MG.
“Não vejo português, espanhol, brasileiro, gaúcho, mineiro, vejo conteúdo de cada treinador. Não vejo se estão tirando espaço, hoje em dia a concorrência é enorme, tem que aprender. Sou fã do Sampaoli, enfrentei ele quatro vezes e foi muito complicado, com estratégias diferentes. Tem que quebrar a cabeça para enfrentar”, concluiu.