Romelu Lukaku concedeu entrevista à CNN nesta quinta-feira e fez apelo para que os CEOs das empresas de mídia social se reunissem com alguns membros do Campeonato Inglês. O centroavante do Chelsea entende que é necessária a conversa para tentar acabar com o abuso que os jogadores de futebol recebem online.
Os jogadores da competição ajoelham-se, antes de cada jogo, em protesto contra o racismo e a discriminação. Assim como Lukaku, esta semana o defesa Marcos Alonso afirmou que não faria mais o gesto porque sentiu que estava a perder o impacto e, em vez disso, apontará para o emblema “não ao racismo” na camisa.
“Nós, como jogadores, podemos dizer: ‘Sim, podemos boicotar as redes sociais’, mas acho que são essas empresas que têm de vir e falar com as equipes, ou com os governos, ou com os próprios jogadores e encontrar uma forma para conter o abuso”, afirmou Lukaku.
O atleta já foi alvo de incidentes racistas. Em setembro de 2019, recebeu gritos de torcedores o chamando de “macaco”.
“Eu tenho que lutar, porque não estou lutando só por mim. Estou lutando pelo meu filho, pelos meus futuros filhos, pelo meu irmão, por todos os outros jogadores e seus filhos, você sabe, por todos”, disse.
Incentivos do Chelsea
Lukaku comentou sobre o lançamento da concurso de fotografia No To Hate do Chelsea, que está incentivando os fãs do clube a enviarem suas fotos que mostram a diversidade dentro da comunidade. A campanha foi originalmente lançada em março pelo dono do clube, Roman Abramovich, após o “abuso racista nojento e inaceitável” que o zagueiro Reece James recebeu em janeiro.
“No final das contas, o futebol deve ser um jogo divertido”, disse Romelu. “Você não pode matar o jogo por discriminação. Isso nunca deveria acontecer. Futebol é alegria, é felicidade e não deve ser um lugar onde você se sinta inseguro por causa da opinião de algumas pessoas sem educação”, finalizou.